O fim da graça
            
            
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              removida, e Satanás teve completo domínio sobre os que afinal se
            
            
              não arrependeram.
            
            
              Era impossível serem derramadas as pragas enquanto Jesus ofi-
            
            
              ciava no santuário; mas, terminando ali a Sua obra, e encerrando-se
            
            
              a Sua intercessão, nada havia para deter a ira de Deus, e ela irrom-
            
            
              peu com fúria sobre a cabeça desabrigada do pecador culpado, que
            
            
              desdenhou a salvação e odiou a correção. Naquele tempo terrível,
            
            
              depois de finalizada a mediação de Jesus, os santos estavam a viver à
            
            
              vista de um Deus santo, sem intercessor. Cada caso estava decidido,
            
            
              cada jóia contada. Jesus demorou um momento no compartimento
            
            
              exterior do santuário celestial, e os pecados que tinham sido con-
            
            
              fessados enquanto Ele esteve no lugar santíssimo, foram colocados
            
            
              sobre Satanás, o originador do pecado, que deve sofrer o castigo
            
            
              deles
            
            
            
            
              [404]
            
            
              Demasiado tarde! demasiado tarde!
            
            
              Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus
            
            
              mais régios trajes. Sobre Sua cabeça estavam muitas coroas, estando
            
            
              uma coroa dentro da outra. Cercado pela hoste angélica, deixou o
            
            
              Céu. As pragas estavam caindo sobre os habitantes da Terra. Alguns
            
            
              estavam acusando a Deus e amaldiçoando-O. Outros precipitavam-se
            
            
              para o povo de Deus e pediam que lhes ensinassem como poderiam
            
            
              escapar dos Seus juízos. Mas os santos nada tinham para eles. A úl-
            
            
              tima lágrima pelos pecadores tinha sido derramada; oferecida havia
            
            
              sido a última oração aflita; arrostado o último peso de cuidados pelos
            
            
              pecadores, e dada a última advertência. A doce voz de misericórdia
            
            
              não mais os deveria convidar. Quando os santos e o Céu todo esta-
            
            
              vam interessados em sua salvação, não tinham eles nenhum interesse
            
            
              por si. A vida e a morte tinham sido postas diante deles. Muitos dese-
            
            
              *
            
            
              Nota. — Este sofrimento de Satanás não é em nenhum sentido uma expiação vicária.
            
            
              Como indicado em capítulo anterior, “como substituto do homem e penhor, a iniqüidade
            
            
              dos homens foi posta sobre Cristo”. Ver pág. 225. Mas depois que os que aceitaram o
            
            
              sacrifício de Cristo foram redimidos, é perfeitamente justo que Satanás, o originador do
            
            
              pecado, sofra a punição final. Como diz a Sra. White, “ao completar-se a obra de expiação
            
            
              no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e do exército dos remidos,
            
            
              serão então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus; declarar-se-á ser ele o
            
            
              culpado de todo o mal que os fez cometer”.
            
            
              O Grande Conflito entre Cristo e Satanás,
            
            
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              . — Os Compiladores