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              História da Redenção
            
            
              A livre escolha do homem
            
            
              Deus instruíra nossos primeiros pais quanto à árvore do conheci-
            
            
              mento, e eles foram plenamente informados da queda de Satanás,
            
            
              e do perigo de ouvirem as suas sugestões. Ele não os privou da
            
            
              faculdade de comerem do fruto proibido. Deixou que como agentes
            
            
              morais livres cressem na Sua palavra, obedecessem a Seus man-
            
            
              damentos e vivessem, ou cressem no tentador, desobedecessem e
            
            
              morressem. Ambos comeram, e a grande sabedoria que obtiveram
            
            
              foi o conhecimento do pecado e o senso de culpa. A veste de luz que
            
            
              os rodeara, agora desapareceu, e sob um senso de culpa e a perda de
            
            
              sua divina cobertura, um tremor tomou posse deles, e procuraram
            
            
              cobrir suas formas expostas.
            
            
              Nossos primeiros pais escolheram crer nas palavras, como pen-
            
            
              savam, de uma serpente, ainda que esta não tivesse dado nenhuma
            
            
              prova de seu amor. Nada tinha feito para sua felicidade e benefício,
            
            
              enquanto Deus lhes tinha dado todas as coisas que eram boas para
            
            
              comer e agradáveis à vista. Em qualquer lugar que a vista repou-
            
            
              sasse havia abundância e beleza; ainda assim Eva foi iludida pela
            
            
              serpente, a pensar que existia alguma coisa oculta que podia fazê-la
            
            
              sábia, como o próprio Deus. Em vez de crer e confiar em Deus, ela
            
            
              [38]
            
            
              vilmente descreu de Sua bondade e acatou as palavras de Satanás.
            
            
              Depois de sua transgressão, Adão a princípio imaginou-se a
            
            
              entrar para uma nova e mais elevada existência. Mas logo o pensa-
            
            
              mento de seu pecado o encheu de terror. O ar que até então havia
            
            
              sido de uma temperatura amena e uniforme, parecia regelá-los. O
            
            
              culposo par experimentava uma intuição de pecado. Sentiam um
            
            
              terror pelo futuro, uma sensação de necessidade, uma nudez de alma.
            
            
              Desapareceram o doce amor e a paz e feliz contentamento que ha-
            
            
              viam gozado, e em seu lugar veio uma sensação de carência que
            
            
              nunca tinham experimentado antes. Pela vez primeira puseram sua
            
            
              atenção no exterior. Eles não tinham estado vestidos, mas rodeados
            
            
              de luz como os anjos celestiais. Esta luz com a qual estavam circun-
            
            
              dados tinha sido retirada. Para aliviar o senso de carência e nudez
            
            
              que experimentavam, trataram de procurar uma cobertura para suas
            
            
              formas, pois como podiam, desvestidos, defrontar o olhar de Deus e
            
            
              dos anjos?