Caim e Abel e suas ofertas
            
            
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              seu irmão. Deus condescendeu em mandar um anjo para conversar
            
            
              com ele.
            
            
              O anjo inquiriu quanto à razão de sua ira, e informou-o de que
            
            
              se ele fizesse o bem e seguisse as orientações que Deus tinha dado,
            
            
              Ele o aceitaria e estimaria sua oferta. Mas se não se submetesse
            
            
              humildemente aos planos de Deus, crendo e obedecendo, Ele não
            
            
              podia aceitar sua oferta. O anjo declarou a Caim que isto não era
            
            
              injustiça da parte de Deus, ou parcialidade mostrada para com Abel,
            
            
              mas que era em virtude de seu próprio pecado e desobediência da
            
            
              expressa ordem de Deus, que Ele não podia aceitar sua oferta; e se
            
            
              fizesse o bem seria aceito por Deus, e seu irmão lhe daria ouvidos, e
            
            
              o guiaria, porque era o mais velho.
            
            
              Mas mesmo depois de ser assim fielmente instruído, Caim não se
            
            
              arrependeu. Em vez de censurar-se e aborrecer-se por sua increduli-
            
            
              dade, ainda se queixou da injustiça e parcialidade de Deus. E em sua
            
            
              inveja e ódio, contendeu com Abel e o reprovou. Abel mansamente
            
            
              apontou o erro de seu irmão e mostrou que o equivocado era ele
            
            
              próprio. Caim porém, odiou a seu irmão desde o momento em que
            
            
              Deus lhe manifestou as provas de Sua aceitação. Seu irmão Abel
            
            
              [54]
            
            
              procurou apaziguar-lhe a ira, mostrando que houve compaixão de
            
            
              Deus em salvar a vida de seus pais, quando podia ter trazido sobre
            
            
              eles morte imediata. Disse a Caim que Deus os amava, ou não teria
            
            
              dado Seu Filho, inocente e santo, para sofrer a ira de que o homem,
            
            
              pela sua desobediência, era merecedor.
            
            
              Os prenúncios da morte
            
            
              Enquanto Abel justificava o plano de Deus, Caim tornou-se
            
            
              enraivecido, e sua ira cresceu e ardeu contra Abel até que em sua
            
            
              raiva o matou. Deus o inquiriu a respeito de seu irmão, e Caim
            
            
              proferiu uma culposa falsidade: “Não sei: sou eu guardador de meu
            
            
              irmão?” Deus informou a Caim que sabia a respeito de seu pecado —
            
            
              que estava informado de todos os seus atos, mesmo os pensamentos
            
            
              de seu coração, e disse-lhe: “A voz do sangue do teu irmão clama a
            
            
              Mim desde a terra. És agora, pois, maldito por sobre a terra cuja boca
            
            
              se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão. Quando
            
            
              lavrares o solo não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante
            
            
              pela Terra.”