O dilúvio
            
            
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              dias e quarenta noites a preservação da arca foi um milagre do
            
            
              Todo-poderoso.
            
            
              Os animais, expostos à tempestade, corriam para os homens,
            
            
              buscando unir-se com os seres humanos, como a esperar deles au-
            
            
              xílio. Alguns dentre o povo amarraram seus filhos e a si mesmos
            
            
              em cima de animais poderosos, sabendo que estes se apegariam à
            
            
              vida, e subiriam aos pontos mais altos para escaparem das águas
            
            
              que se elevavam. A tempestade não abrandou sua fúria — as águas
            
            
              aumentaram mais rapidamente do que no começo. Alguns ataram-se
            
            
              a altas árvores sobre os elevados pontos da terra, mas, estas árvores
            
            
              foram desarraigadas e lançadas com violência através do ar como
            
            
              [69]
            
            
              que arremessadas furiosamente, com pedras e terra, nas elevadas e
            
            
              encapeladas ondas. Sobre os mais elevados pontos seres humanos e
            
            
              animais lutavam para manter sua posição até que todos foram arre-
            
            
              messados dentro das águas enfurecidas, que quase alcançavam os
            
            
              píncaros da Terra. Os pontos mais elevados foram afinal alcançados,
            
            
              e homens e animais igualmente pereceram pelas águas do dilúvio.
            
            
              Noé e sua família ansiosamente esperaram o decrescimento das
            
            
              águas, pois almejavam sair de novo à terra. Ele soltou um corvo
            
            
              que voava da arca para fora e voltava para a arca. Não obtendo a
            
            
              informação que desejava, soltou uma pomba, que, não encontrando
            
            
              onde pousar, retornou à arca. Depois de sete dias a pomba foi no-
            
            
              vamente solta, e quando se viu em seu bico uma folha de oliveira,
            
            
              houve grande regozijo por parte desta família de oito pessoas, que
            
            
              tinha passado tão longo tempo fechada na arca.
            
            
              Novamente um anjo desceu e abriu a porta da arca. Noé podia
            
            
              remover a cobertura, mas não podia abrir a porta que Deus fechara.
            
            
              Deus falou a Noé mediante o anjo que abriu a porta, e ordenou à sua
            
            
              família que saísse da arca tomando consigo todos os seres vivos.
            
            
              O sacrifício de Noé e a promessa de Deus
            
            
              Noé não se esqueceu de Deus, que graciosamente os havia pre-
            
            
              servado, e imediatamente erigiu um altar, tomando de todo animal
            
            
              limpo e de toda ave limpa, para oferecer uma oferta queimada no al-
            
            
              tar, mostrando sua fé em Cristo, o grande sacrifício, e manifestando
            
            
              sua gratidão a Deus por Sua maravilhosa preservação. A oferta de
            
            
              Noé subiu a Deus como um cheiro suave. Ele aceitou a oferta e