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              História da Redenção
            
            
              humanos. Estas coisas que Deus detestava foram subvertidas em
            
            
              Sua ira perante eles, e eles tremiam ante o poder do Deus vivo, o
            
            
              Criador dos céus e da Terra; e foi-lhes feito saber que foram suas
            
            
              abominações e horríveis sacrifícios idólatras que haviam atraído a
            
            
              sua destruição.
            
            
              A violência da tempestade aumentou, e misturados com a fúria
            
            
              dos elementos ouviam-se os lamentos das pessoas que desprezaram a
            
            
              autoridade de Deus. Árvores, edifícios, rochas e terra eram arrojados
            
            
              em toda direção. O terror do homem e dos animais era indescritível.
            
            
              O próprio Satanás, que fora obrigado a permanecer no meio dos
            
            
              elementos em fúria, temeu pela sua existência. Ele se havia deleitado
            
            
              em dirigir uma raça tão poderosa, e desejara que vivessem para
            
            
              praticar suas abominações, e aumentar sua rebelião contra o Deus
            
            
              do Céu. Proferia imprecações contra Deus, acusando-O de injustiça
            
            
              e crueldade. Muitos dentre o povo, como Satanás, blasfemavam de
            
            
              Deus, e, se pudessem levar a cabo sua rebelião, tirá-Lo-iam de Seu
            
            
              trono de justiça.
            
            
              Enquanto muitos blasfemavam e amaldiçoavam seu Criador, ou-
            
            
              tros, com frenético temor, estendendo as mãos para a arca, rogavam
            
            
              sua admissão ali. Mas, isto era impossível. Deus havia fechado a
            
            
              [68]
            
            
              porta, a única entrada, e fechou Noé dentro e os ímpios fora. So-
            
            
              mente Ele podia abrir a porta. O temor e arrependimento deles veio
            
            
              tarde demais. Foram compelidos a saber que havia um Deus vivo
            
            
              que era mais poderoso que o homem, a quem tinham desafiado e
            
            
              contra quem blasfemaram. Clamavam a Ele ferventemente, mas
            
            
              Seus ouvidos não estavam abertos a seu clamor. Alguns em seu de-
            
            
              sespero procuraram forçar a entrada na arca, porém a firme estrutura
            
            
              resistiu aos seus esforços. Alguns agarraram-se à arca até que foram
            
            
              arrebatados pelas águas revoltas, ou foi seu apego interrompido pela
            
            
              colisão com rochas e árvores, lançadas em toda direção.
            
            
              Aqueles que haviam ignorado as advertências de Noé e ridicula-
            
            
              rizado o fiel pregador da justiça arrependeram-se demasiado tarde
            
            
              de sua descrença. A arca era severamente agitada e sacudida. Os
            
            
              animais, dentro, em suas variadas vozes, exprimiam medo selvagem;
            
            
              mas em meio a toda fúria dos elementos, a elevação das águas e
            
            
              o arremesso violento de pedras e árvores, a arca flutuava em segu-
            
            
              rança. Anjos magníficos em poder guiavam a arca preservando-a
            
            
              de danos. Cada momento durante a terrível tempestade de quarenta