86
            
            
              História da Redenção
            
            
              com aparente indiferença. Vigiava ansiosamente para ver o que
            
            
              aconteceria a seu irmãozinho. Os anjos também vigiavam, para que
            
            
              nenhum dano ocorresse ao indefeso infante, ali colocado por uma
            
            
              amorosa mãe e confiado ao cuidado de Deus por suas ferventes
            
            
              orações entremeadas de lágrimas.
            
            
              E esses anjos guiaram os passos da filha de Faraó para o rio, bem
            
            
              perto de onde fora deixado o pequeno e inocente desconhecido. Sua
            
            
              atenção foi atraída para o pequeno e estranho cesto e ela mandou
            
            
              que uma de suas criadas fosse buscá-lo. Quando removeu a tampa
            
            
              [107]
            
            
              do pequeno cesto singularmente construído, viu um lindo bebê, “e
            
            
              eis que o menino chorava. Teve compaixão dele”. Sabia que uma
            
            
              terna mãe hebréia tinha seguido este método peculiar para preservar
            
            
              a vida de seu bem-amado bebê, e decidiu de uma vez que ele seria
            
            
              seu filho. A irmã de Moisés imediatamente veio em sua direção e
            
            
              perguntou: “Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sirva de
            
            
              ama, e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai.”
            
            
              Alegremente correu a irmã à sua mãe e relatou-lhe as felizes
            
            
              novas e conduziu-a a toda pressa à filha de Faraó, que entregou
            
            
              a criança à mãe para criá-la, sendo liberalmente paga para criar o
            
            
              seu próprio filho. Com gratidão esta mãe deu início a sua tarefa
            
            
              agora feliz e segura. Ela cria que Deus tinha preservado a vida de
            
            
              seu filho. Fielmente aproveitou a preciosa oportunidade de educá-
            
            
              lo com respeito a uma vida de utilidades. Era mais específica em
            
            
              sua instrução do que na dos outros filhos; pois tinha confiança que
            
            
              ele fora preservado para alguma grande obra. Por meio de fiéis
            
            
              ensinamentos ela instilou na sua mente jovem o temor de Deus e o
            
            
              amor pela verdade e justiça.
            
            
              Não descansou aqui em seus esforços, mas fervorosamente orou
            
            
              a Deus por seu filho, para que fosse preservado de toda influência
            
            
              corruptora. Ensinou-o a prostrar-se e orar a Deus, o Deus vivo,
            
            
              pois apenas Ele podia ouvi-lo e ajudá-lo em qualquer emergência.
            
            
              Procurou impressionar sua mente com a pecaminosidade da idolatria.
            
            
              Sabia que ele logo seria separado de sua influência e entregue a sua
            
            
              real mãe adotiva, para ser rodeado de influências tendentes a fazê-lo
            
            
              [108]
            
            
              descrer da existência do Criador dos Céus e da Terra.
            
            
              As instruções recebidas de seus pais foram de molde a fortificar-
            
            
              lhe a mente e escudá-lo de ser exaltado e corrompido pelo pecado e
            
            
              tornar-se soberbo em meio ao esplendor e à extravagância da vida na