A madrasta
247
Não amas os filhos de teu marido, e a menos que haja completa
mudança, total reforma em ti e em tua maneira de governar, essas
preciosas jóias serão arruinadas. Amor, manifestação de afeição, não
é parte de tua disciplina. ...
Estás tornando muito amarga a vida dessas queridas crianças,
especialmente da menina. Onde está a afeição, o cuidadoso amor, a
paciente tolerância? O ódio vive mais que o amor em teu coração
não santificado. De teus lábios cai a censura mais que o louvor e o
encorajamento. Tuas maneiras, teus métodos ríspidos, tua natureza
destituída de simpatia são para essa sensível filha arrasadores como
saraiva sobre a tenra planta; esta verga a cada rajada, até que sua
vida é extinta, e ela jaz contundida e quebrada.
Tua administração está secando completamente o canal do amor,
da esperança e da alegria em tuas crianças. Uma permanente tristeza
se espelha na fisionomia da menina, mas, em lugar de te despertar
simpatia e amor, desperta tua impaciência e positivo desgosto. Podes
mudar essa expressão para ânimo e alegria, se o desejares. ...
As crianças lêem a fisionomia da mãe; percebem se amor ou
aversão estão aí expressos. Não sabes a obra que estás fazendo.
Não desperta piedade o rostinho entristecido, o arquejante suspiro
que brota do coração oprimido em seu ardente apelo por amor? —
Testimonies for the Church 2:56-58
.
Resultados de severidade excessiva
Tempos atrás foi-me mostrado o caso de J. Seus erros e faltas
foram fielmente retratados diante dela; mas na última oportunidade
[272]
que me foi dada vi que os erros ainda existem, que ela é fria e desa-
morável para com os filhos de seu marido. Correção e reprovação
não são feitas por ela apenas por ofensas graves, mas também por
questões triviais que deviam passar despercebidas. Buscar faltas
constantemente é um erro, e o Espírito de Cristo não pode habitar
num coração onde isto exista. Ela está disposta a passar por alto o
bem em suas crianças sem uma palavra de louvor, mas está sempre
pronta a abrir-se em censuras se qualquer erro é visto. Isto sempre
desencoraja as crianças e leva-as a hábitos de negligência. Anima
o mal no coração e leva-o a lançar de si lodo e lama. Nas crianças
que são habitualmente censuradas nascerá o espírito de “não me