Divórcio
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Adultério, divórcio e os membros da igreja
Com respeito ao caso da ofendida irmã. A. G., diríamos em
resposta às perguntas de _____ que é uma característica comum
nos casos da maioria dos que têm sido apanhados em pecado, como
o foi o seu marido, não terem eles real senso de sua crueldade.
Alguns, entretanto, o sentem, e têm sido restaurados à comunhão da
igreja, mas não antes que tenham merecido a confiança do povo de
Deus, em virtude de confissão incondicional e um período de sincero
arrependimento. Este caso apresenta dificuldades não encontradas
em alguns, e poderíamos acrescentar apenas o seguinte:
1. Nos casos de violação do sétimo mandamento onde a parte
culpada não manifesta verdadeiro arrependimento, se a parte ofen-
dida pode obter o divórcio sem tornar pior a situação de ambos e
dos filhos, se os têm, devem separar-se.
2. Se há possibilidade de ficarem eles próprios e os filhos em
situação pior pelo divórcio, não conhecemos nenhum texto bíblico
que declare culpada a parte inocente por não se separarem.
3. Templo, trabalho, oração, paciência, fé e uma vida piedosa
podem realizar uma reforma. Viver com alguém que tenha quebrado
o voto matrimonial e é coberto por toda a parte com a desgraça e a
vergonha do amor culpado, e não o sente, é um cancro devorador
para a alma; e contudo o divórcio é uma eterna e profunda mágoa.
Que Deus tenha piedade da parte inocente! O casamento deve ser
considerado muito antes de contraído.
4. Ora, ora! Homens e mulheres que podiam ser respeitáveis e
bons e alcançar o Céu vendem-se afinal ao diabo por baixo preço,
ferindo o coração de seus amigos, desgraçando suas famílias, acar-
retando descrédito sobre a causa e indo afinal para o inferno. Deus
tenha misericórdia! Por que os que são apanhados no crime não
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manifestam arrependimento proporcional à enormidade do crime e
não escapam para Cristo em busca de misericórdia, a fim de curar,
tanto quanto possível, as feridas que fizeram?
5. Mas, se eles não fizerem o que devem, e o inocente tiver
perdido o direito legal ao divórcio, por viver com o culpado após
sua culpa ser conhecida, não julgamos que o inocente esteja em
pecado por não se separar, e seu direito moral de ir embora parece