Capítulo 87 — Descrições da nova terra
Visões da glória futura
Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra,
sobre uma grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a
Jesus sobre si, se partiu em duas, formando uma grande planície.
Olhamos então para cima e vimos a grande cidade, com doze funda-
mentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta.
Todos exclamamos: “A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus
descendo do Céu”, e ela veio e se pôs no lugar em que nos acháva-
mos. Pusemo-nos então a observar as coisas gloriosas fora da cidade.
Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoiadas
por quatro colunas realçadas de pérolas preciosas, muito agradáveis
à vista. Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia
uma prateleira de ouro. Vi muitos dos santos entrarem nas casas,
tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na prateleira, saindo então
para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra; não como
temos de fazer com a terra aqui, não, absolutamente. Uma gloriosa
luz lhes resplandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente
louvando a Deus em altas vozes.
Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores, e, quando
as apanhei, exclamei: “Elas nunca murcharão.” Em seguida vi um
campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração;
era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando
magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então,
num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro,
o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo
meio deles, e pacificamente nos acompanharam.
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Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que
aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso;
os ramos das árvores agitavam-se de um para outro lado, e todos
exclamamos: “Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos
nos bosques.” —
Vida e Ensinos, 62, 63
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