Capítulo 11 — Casamentos apressados, prematuros
O perigo de afeições imaturas
Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como
a do casamento, e tão vasta no alcance de seus resultados, não deve
ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se
acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas. —
A
Ciência do Bom Viver, 358
.
Rapazes e meninas entram em relações matrimoniais com amor
imaturo, com juízo não desenvolvido, sem sentimentos nobres e
elevados, e assumem os compromissos matrimoniais, completamente
guiados por suas paixões juvenis. ...
Afeições formadas em tenra idade têm muitas vezes resultado em
uniões infelizes, ou em vergonhosas separações. As uniões precoces,
formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. As
afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a
idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua ma-
nifestação. Os que não se refrearem estarão em perigo de arrastarem
uma existência infeliz.
Um jovem entre os dez e os vinte anos é incapaz de julgar da
habilidade de uma pessoa tão jovem como ele mesmo, para ser
sua companheira por toda a vida. Depois de se haver tornado o
juízo deles mais assentado, consideram-se ligados um ao outro por
toda a vida, e talvez incapazes de se tornar mutuamente felizes.
Então, em vez de fazer de sua sorte o melhor que podem, lançam-se
recriminações, a brecha que os separa se alarga, até que se estabeleça
positivamente a indiferença e a negligência mútuas. Para eles nada
existe de sagrado na palavra “lar”. Sua própria atmosfera acha-
se envenenada por palavras desamorosas e amargas censuras. —
Mensagens aos Jovens, 452
.
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Os casamentos precoces produzem grande parte dos males que
predominam hoje. O casamento que se faz demasiado cedo não
promove nem a saúde física nem o vigor mental. Neste assunto
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