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O Maior Discurso de Cristo
ções.”
1 Coríntios 4:5
. Não nos é possível ler o coração. Faltosos
nós mesmos, não nos achamos capacitados para assentar-nos como
juízes dos outros. Os homens finitos não podem julgar senão pelas
aparências. Unicamente Àquele que conhece as ocultas fontes da
ação, e que trata terna e compassivamente, pertence decidir o caso
de cada alma.
“És inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas,
porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois
tu, que julgas, fazes o mesmo.”
Romanos 2:1
. Portanto aqueles
que condenam ou criticam a outros, proclamam-se eles próprios
culpados; pois fazem a mesma coisa. Ao condenarem outros, estão
sentenciando-se a si mesmos; e Deus declara justa esta sentença. Ele
aceita o veredicto deles próprios contra si.
“Pés desajeitados, calcando a lama,
Esmagam flores, impiedosamente;
Com mãos cruéis trespassamos
O coração sensível de um amigo.”
[125]
“Por que reparas tu no argueiro que está no olho de teu
irmão?” Mateus 7:3.
Nem mesmo a sentença “Tu, que julgas, fazes o mesmo”, alcança
a magnitude do pecado daquele que presume criticar e condenar a
seu irmão. Jesus disse: “Por que reparas tu no argueiro que está no
olho de teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?”
Suas palavras se aplicam à pessoa que é pronta em discernir um
defeito nos outros. Quando pensa que descobriu uma imperfeição
no caráter ou na vida, é extremamente zelosa em buscar apontá-la;
mas Jesus declara que o próprio traço de caráter desenvolvido pelo
fazer esta obra anticristã é, em comparação com a falta criticada,
como uma trave em comparação com um argueiro. É a própria falta
do espírito de paciência e amor que o leva a fazer um mundo de
um simples átomo. Aqueles que nunca experimentaram a contrição
de uma completa entrega a Cristo, não manifestam em sua vida a
suavizadora influência do amor do Salvador. Representam mal o
brando, cortês espírito do evangelho, e ferem almas preciosas, por