Página 113 - O Maior Discurso de Cristo (2008)

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Não julgar, mas praticar
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tensidade, a influência do Espírito de Deus, isto não vos tornaria
um cristão, um súdito apto para o Céu. A fortaleza de Satanás não
seria derribada. A vontade deve ser colocada ao lado da vontade de
Deus. Não sois capazes, de vós mesmos, de sujeitar vossos desíg-
nios e desejos e inclinações à vontade de Deus; mas se estiverdes
“dispostos a ser tornados voluntários”, Deus efetuará a obra por vós,
destruindo mesmos “os conselhos e toda a altivez que se levanta con-
tra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento
à obediência de Cristo”.
2 Coríntios 10:5
. Haveis de então operar
“vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera
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em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade”.
Filipenses 2:12, 13
.
São atraídos pela beleza de Cristo e a glória do Céu muitos
que ainda recuam em face das condições indispensáveis a que as
venham a possuir. Há no caminho largo muitos que não se acham
plenamente satisfeitos com a estrada que vão palmilhando. Anseiam
romper com a escravidão do pecado, e em sua própria força, põem-
se em guarda contra seus maus hábitos. Olham para o caminho
apertado e a porta estreita; mas o prazer egoísta, o amor do mundo,
o orgulho, as ambições profanas, colocam uma barreira entre eles
e o Salvador. Renunciar a sua própria vontade, suas predileções,
seus empreendimentos, exige um sacrifício diante do qual hesitam,
vacilam e tornam atrás. Muitos “procurarão entrar, e não poderão”.
Lucas 13:24
. Desejam o bem, fazem algum esforço para obtê-lo;
não o escolhem, porém; não têm um determinado propósito de o
alcançar seja o custo qual for.
Nossa única esperança, se queremos vencer, é unir nossa vontade
à vontade de Deus, e operar em cooperação com Ele hora a hora, dia
a dia. Não nos é possível reter o eu, e não obstante entrar no reino
de Deus. Se havemos de atingir um dia a santidade, será mediante a
renúncia do próprio eu e a recepção da mente de Cristo. O orgulho e
a suficiência própria devem ser crucificados. Estamos nós dispostos
a pagar o preço que nos é exigido? Estamos dispostos a pôr nossa
vontade em perfeita conformidade com a vontade de Deus? Até que
estejamos prontos a fazê-lo, não pode a transformadora graça de
Deus manifestar-se em nós.
A luta que nos cumpre travar, é o “bom combate da fé”. “Tam-
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