Experiências pessoais
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Eu me havia deitado doente, e não pude dormir por várias horas,
tão ansiosa me sentia. Era-me difícil respirar. Embora dormisse
num quarto espaçoso, levantei-me e abri a porta que dava para
uma sala grande, e então me senti imediatamente aliviada e logo
adormeci. Sonhei que estava junto a meu filho um médico experiente,
vigiando cada respiração, tendo uma mão sobre o seu coração, e
outra tomando o pulso. Volveu-se para nós e disse: “A crise passou.
Ele venceu a pior noite. Agora vai melhorar rapidamente, pois não
tem que se recuperar dos efeitos nocivos de drogas. A Natureza
efetuou nobremente sua obra para livrar de impurezas o organismo.”
Referi-lhe meu estado de esgotamento, minha falta de ar, e o alívio
obtido pelo abrir a porta.
Disse ele: “Isso que vos deu alívio, aliviará também vosso filho.
Ele precisa de ar. Vós o conservastes aquecido em demasia. O ar
que vem de uma estufa é prejudicial, e não fosse o que penetra pelas
frestas das janelas, aquele seria tóxico e destruiria a vida. O calor de
uma estufa destrói a vitalidade do ar e enfraquece os pulmões. Os
pulmões do menino foram enfraquecidos porque o quarto se manteve
em temperatura muito elevada. A doença debilita as pessoas, e elas
precisam todo o ar revigorador que podem suportar, para fortalecer
os órgãos vitais a fim de que resistam à doença. E no entanto, na
maioria dos casos o ar e a luz são excluídos do quarto do enfermo
justamente na ocasião em que mais necessários são, como se fossem
perigosos inimigos.”
Este sonho e a experiência de meu marido foram um consolo a
ambos nós. Soubemos, de manhã, que nosso rapaz passara uma noite
inquieta. Parecia estar com febre alta, até ao meio-dia. Então a febre
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o deixou, e apresentou-se perfeitamente bem, exceto a fraqueza.
Nos cinco dias de doença comera apenas um pequeno biscoito.
Recuperou-se depressa e passou a gozar de melhor saúde do que
teve por vários anos. Este incidente nos é valioso. —
Spiritual Gifts,
4a:151-153 (1864)
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