Página 419 - Mensagens Escolhidas 2 (2008)

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Capítulo 1
415
A ingestão de carne de porco tem produzido escrófulas, lepra
e humores cancerosos. Comer carne de porco causa ainda à raça
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humana o mais intenso sofrimento. Os apetites pervertidos cobiçam
as coisas mais nocivas à saúde. A maldição que pesou duramente
sobre a Terra, e tem sido sentida por toda a raça humana, tem sido
também sentida pelos animais. Os animais têm degenerado nas
dimensões, no decorrer dos anos. Têm tido de sofrer mais do que de
outro modo sofreriam, devido aos maus hábitos dos homens.
Não há senão poucos animais isentos de doenças. A muitos
tem sido imposto muito sofrimento pela falta de luz, de ar puro e
de alimento saudável. Quando são engordados, ficam muitas vezes
confinados em estábulos fechados, não lhes sendo permitido fazer
exercício, e fruir abundante circulação de ar. Muitos pobres animais
são deixados a respirar o veneno da imundície deixada nos celeiros
e estábulos. Seus pulmões não permanecem sãos quando inalando
tais impurezas. A doença é levada ao fígado, e todo o organismo do
animal fica doente. Eles são mortos, e preparados para o mercado,
e o povo come à vontade dessa comida animal envenenada. Muita
doença é assim causada. Mas não se pode fazer o povo acreditar
que é a carne que ingerem que lhes tem envenenado o sangue, e
ocasionado seus sofrimentos. Muitos morrem de doenças produzidas
inteiramente pelo uso da carne, e todavia o mundo não parece tornar-
se mais sábio.
Por que os que participam de alimento cárneo não experimentam
imediatamente seus efeitos não se pode deduzir que ele não lhes
faça mal. Ele pode estar agindo com segurança em seu organismo, e
todavia a pessoa por algum tempo não percebe nada.
Aglomeram-se animais em carros fechados, e ficam quase pri-
vados de ar e de luz, de alimento e água, e são assim levados por
milhares de quilômetros, respirando o ar contaminado que se ergue
da sujeira acumulada, e ao chegarem a seu destino, e serem tirados
dos carros, muitos se encontram meio mortos de fome, sufocados
pelo pó, e se fossem deixados sós, morreriam por si mesmos. Mas o
açougueiro completa a obra, e prepara a carne para o mercado.
São freqüentemente mortos animais que foram tangidos por
boa distância para o matadouro. O sangue acha-se aquecido. Estão
cheios de carnes, mas privados do saudável exercício, e quando têm
de viajar para longe, ficam enfermiços e exaustos, e nessa condição