Página 445 - Mensagens Escolhidas 2 (2008)

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Capítulo 3
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tomara a droga. Todos os que possuem inteligência comum devem
compreender as necessidades de seu organismo. A filosofia da saúde
deve ser um dos mais importantes estudos de nossos filhos. É im-
portantíssimo que seja compreendido o organismo humano, e então
os homens e mulheres inteligentes podem ser o seu próprio médico.
Se o povo raciocinasse da causa para o efeito, e seguisse a luz que
sobre eles incide, seguiriam um procedimento que lhes asseguraria
a saúde, e seria muito menor a mortalidade. Mas o povo satisfaz-se
com permanecer em inescusável ignorância, confiando aos médicos
o corpo, em vez de assumirem eles mesmos uma responsabilidade
especial quanto à questão.
Foram-me apresentados vários casos ilustrativos deste impor-
tante assunto. O primeiro foi de uma família consistindo de pai e
filha. A filha estava doente, e o pai, muito preocupado, chamou um
médico. Ao levá-lo para o quarto da doente, o pai manifestou uma
penosa ansiedade. O médico examinou a paciente, e pouco disse.
Ambos deixaram o quarto. O pai informou o médico de que havia
sepultado a esposa, um filho e uma filha, e essa filha era tudo que
lhe restava da família. Ansioso, indagou do médico se ele achava ser
desesperançado o caso de sua filha.
O médico indagou então acerca da natureza e do tempo da do-
ença dos que haviam morrido. O pai lamentosamente relatou os
penosos fatos relacionados à doença de seus queridos: “Meu filho
foi o primeiro a ser atacado por uma febre. Chamei o médico. Disse
que poderia dar um remédio que depressa cortaria a febre. Ministrou-
lhe remédio poderoso, mas ficou decepcionado com os seus efeitos.
A febre diminuiu, mas meu filho piorou muito. Repetiu-se a mesma
medicação, sem produzir nenhuma modificação para melhor. O mé-
dico recorreu então a medicamento mais forte ainda, mas meu filho
nenhum alívio obteve. A febre o deixou, mas ele não melhorou.
Piorou rapidamente e morreu.
“A morte do filho, tão repentina e inesperada, trouxe grande
tristeza a nós todos, mas especialmente a sua mãe. Sua vigilância
e ansiedade durante a doença do filho, e a tristeza ocasionada por
sua morte súbita, foram demais para seu sistema nervoso, e minha
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esposa logo ficou prostrada. Fiquei descontente com o procedimento
seguido por aquele médico. Abalara-se minha confiança em sua
aptidão, e não o contratei segunda vez. Chamei outro, para atender a