Página 458 - Mensagens Escolhidas 2 (2008)

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Mensagens Escolhidas 2
deixando assim o ar puro penetrar no quarto ocupado pelo doente. O
ar puro demonstrar-se-á mais benéfico ao doente do que os remédios,
e lhes é muito mais necessário do que o alimento. Passarão melhor,
e mais depressa se restabelecerão, privados de alimento, do que de
ar puro.
Muitos inválidos foram confinados semanas e meses em quartos
fechados, excluindo-se a luz, e o puro e revigorante ar do céu, como
se o ar fosse inimigo mortal, quando era justamente o remédio
que o doente precisava para ficar bom. O organismo todo estava
debilitado e enfermo por falta de ar, e a natureza sucumbia à carga de
acumuladas impurezas, a não falar dos tóxicos da moda, ministrados
pelos médicos, até ser dominada e baquear em seus esforços, e o
doente morrer. Poderia ter vivido. O Céu não queria a sua morte.
Morreu vítima de sua própria ignorância e da dos amigos, e da
ignorância e engano dos médicos, que lhe ministraram venenos da
moda e não lhe permitiram beber água pura e respirar ar renovado,
para lhe revigorar os órgãos vitais, purificar o sangue e ajudar a
natureza em sua tarefa de vencer o mau estado do organismo. Esses
valiosos remédios que o Céu proveu, sem dinheiro e sem preço,
foram postos de lado, e considerados não só sem valor, mas mesmo
como inimigos perigosos, ao passo que os venenos prescritos pelos
médicos, foram tomados em cega confiança.
Têm morrido por falta de água pura e puro ar, milhares de pes-
soas que poderiam ter vivido. E milhares de inválidos vivos, que
são um peso morto para si e para os outros, pensam que sua vida
dependa de tomar medicamentos receitados pelos médicos. Estão
constantemente guardando-se do ar e evitando o uso da água. Estas
bênçãos precisam eles para sararem. Se fossem esclarecidos e dei-
xassem intocados os remédios, acostumando-se ao exercício ao ar
livre, e ao ar dentro de casa, no verão e no inverno, e usassem água
branda para beber e banhar-se, sentir-se-iam relativamente bem e
felizes, em vez de curtir uma existência infeliz.
É dever dos assistentes e enfermeiros, no quarto do enfermo,
ter cuidado especial de sua própria saúde, especialmente nos casos
críticos de febre e de tuberculose. Não deve uma só pessoa perma-
necer muito confinada ao quarto do doente. É mais seguro poder
confiar em duas ou três pessoas, que sejam enfermeiros cuidadosos
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e compreensivos e se revezem no cuidado e confinamento do quarto