Página 459 - Mensagens Escolhidas 2 (2008)

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Capítulo 4
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do doente. Cada um deles deve fazer exercício ao ar livre, quantas
vezes possível. Isto é importante para os serventes junto ao leito do
enfermo, especialmente se os amigos do doente pertencem à classe
dos que continuam a considerar o ar, admitido ao quarto, como um
inimigo, não permitindo que se abram as janelas ou portas. O doente,
juntamente com os que o assistem, são assim obrigados a respirar
dia a dia a atmosfera tóxica, por causa da inescusável ignorância dos
amigos do doente.
Em muitíssimos casos os serventes ignoram as necessidades do
organismo e a relação que tem com a saúde o respirar ar puro, bem
como os efeitos de respirar o ar viciado do quarto de doente — ar
que destrói a vida. Neste caso a vida do doente corre perigo, e os
próprios serventes ficam sujeitos a apanhar doenças, perdendo a
saúde e talvez a vida.
Se a febre entra numa família, muitas vezes acontece que mais
de um dos membros a apanha. Isto não precisa ser assim, se são
corretos os hábitos da família. Se seu regime alimentar é o que deve
ser, e observam hábitos de asseio, e reconhecem a necessidade de
ventilação, não é preciso que a febre contagie outro membro da
família. A razão de certas febres demorarem em famílias, expondo
os serventes, está em não ser o quarto do doente mantido livre de
infecções tóxicas, mediante o asseio e ventilação adequada.
Se os serventes estão alerta à questão da saúde e reconhecem a
necessidade de ventilação para seu próprio benefício, assim como
o do paciente, mas os parentes, assim como o doente, se opõem à
admissão de ar e luz ao quarto, os serventes não devem ter escrúpulos
de consciência para sair do quarto. Devem sentir-se desobrigados
de seus deveres para com o doente. Não é dever de um ou mais,
arriscar a possibilidade de apanhar doença, pondo em perigo sua
vida pelo respirar um ar tóxico. Se o doente cair vítima de suas
próprias idéias errôneas, excluindo do quarto a mais necessária das
bênçãos celestes, que assim faça, mas não com risco dos que devem
viver.
Uma mãe, por intuição de dever, deixa sua família para trabalhar
num quarto de doente, onde não se permitiu que entrasse ar puro,
e adoece por respirar o ar viciado, que lhe afeta todo o organismo.
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Depois de um período de muito sofrimento, morre, deixando órfãos
seus filhos. O doente, que participou da simpatia e do abnegado cui-