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dado daquela mãe, restabelece-se; mas nem o doente nem os amigos
do doente entenderam que uma vida preciosa foi sacrificada por
causa da sua ignorância quanto à relação que o ar puro mantém com
a saúde. Nem sentiram eles responsabilidade para com o rebanho
ferido, deixado sem o terno cuidado materno.
As mães às vezes permitem às filhas cuidarem de doentes em
quartos mal ventilados e, em conseqüência, têm de cuidar delas
através de um período de doença. E por causa de sua ansiedade e do
cuidar de sua filha, a mãe por sua vez adoece, e muitas vezes uma
delas, ou ambas, morrem, ou ficam com a constituição arruinada, ou
se tornam inválidas pelo resto da vida. Há um lamentável catálogo
de males que têm sua origem no quarto de doente, do qual se excluiu
o ar puro do céu. Todos os que respiram esse ar tóxico violam as leis
de seu ser, e têm de sofrer a pena.
Os doentes, em geral, são molestados com demasiadas visitas,
que com eles conversam e os cansam introduzindo diferentes as-
suntos, quando eles precisam é de descanso, quieto e imperturbado.
Muitos adoecem por exigir demais de suas forças. Suas energias
exauridas os compelem a cessar o trabalho, e são depostos no leito
de sofrimento. Descanso, ausência de cuidados, luz, ar puro, água
pura e dieta frugal, é tudo o que necessitam para sararem. É bondade
errada a que leva a tantos, por cortesia, a visitar os doentes. Muitas
vezes estes passam uma noite insone e sofrida, depois de receber
visitas. Ficaram um tanto agitados, e a reação foi demasiado grande
para suas energias já debilitadas e, em resultado dessas visitas da
moda, foram levados a um estado muito perigoso, e vidas têm sido
sacrificadas por falta de reflexão e prudência.
Às vezes é grato ao doente receber visita, e saber que os amigos
não o esqueceram em sua doença. Mas, embora tenham sido satisfa-
tórias, em muitíssimos casos essas visitas da moda têm mudado os
pratos da balança quando o doente estava melhorando, descendo ele
à morte. Os que não se podem tornar úteis devem ser cuidadosos na
questão de visita aos doentes. Se não podem fazer algum bem, talvez
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façam o mal. Mas os doentes não devem ser negligenciados. Devem
receber o melhor dos cuidados, bem como a simpatia de amigos e
parentes.
Muito mal tem resultado aos doentes, do costume generalizado
de ficarem pessoas vigiando, durante a noite. Nos casos críticos isso