Apêndice 2 — Importantes fatores na escolha de um companheiro...
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ou energia mental para adquirir propriedades”. “Têm sido justamente
esses que mais apressados são em casar-se, e tomaram sobre si
mesmos responsabilidades de que não possuíam um justo senso.”
São, porém, os filhos que amiúde constituem os maiores sofredores,
pois “os que são seriamente deficientes em tato nos negócios, e
que são os menos qualificados para ser bem-sucedidos no mundo,
enchem geralmente a casa de filhos”, os quais, declara a autora, “não
são devidamente alimentados ou vestidos, e não recebem preparo
físico ou mental”.
Idem, 420, 421
.
Então foram dados conselhos sobre outro aspecto: unir em casa-
mento homens e mulheres de diferente formação étnica e cultural.
Quatro dessas apresentações fazem parte de manuscritos e relatos
publicados. Duas das quatro declarações sobre esse ponto aparecem
neste volume, nas páginas 343 e 344. Elas foram escritas em 1896
e 1912, respectivamente, e foram escolhidas para publicação neste
volume porque apresentavam os princípios básicos envolvidos, reve-
lando assim por que tais casamentos não devem ser incentivados. É
declarado que essas uniões podem com facilidade “criar discussão e
confusão”. Outra razão apresentada por ela para desaconselhar tais
casamentos parece ser a “desvantagem” que eles impõem sobre a
prole, e isso pode ocasionar “um sentimento de amargura para com
os pais... [que deram aos filhos] essa herança para toda a vida”
A outra apresentação sobre esse ponto é uma carta de conselho,
*
NOTA: Das outras duas declarações, a primeira apresentação de conselho sobre
esse ponto aparece no âmago de um apelo básico feito por Ellen White, em 21 de Março
de 1891, aos dirigentes da Igreja, para que iniciassem um trabalho em prol das pessoas
de cor nos Estados Unidos. Ver a declaração completa em
The Southern Work, edição
de 1966, 9-18
. Ali ela traçou em linhas arrojadas e inequívocas a irmandade do gênero
humano, e tornou claro que no culto todos estão em igualdade diante de Deus. Ao mesmo
tempo, ela proferiu palavras de cautela. Nessa declaração, lida por ela a dirigentes da
Igreja, encontramos estas linhas:
“O pecado paira sobre nós como Igreja por não havermos feito maior esforço pela salvação
de almas entre as pessoas de cor. ... Não tendes licença de Deus para excluir as pessoas de
cor de vossos lugares de culto. Tratai-as como propriedade de Cristo, que são, tanto quanto
vós mesmos. Elas devem manter a qualidade de membro na igreja com os irmãos brancos.
Deve ser feito todo esforço para eliminar o terrível dano que lhes tem sido causado. Ao
mesmo tempo, não devemos levar as coisas a extremos, incorrendo em fanatismo nessa
questão. Alguns pensariam ser correto demolir toda parede de separação e ligar-se por
casamento com as pessoas de cor, mas esta não é a coisa certa a ser ensinada ou praticada.”
—
The Southern Work, 15
.