A disciplina no lar
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pais estão sujeitos aos filhos. Temem contrariar a vontade deles,
e portanto cedem. Mas enquanto os filhos se encontrarem sob o
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teto paterno, dependendo dos pais, devem estar subordinados ao seu
domínio. Os pais devem agir com decisão, exigindo que seus pontos
de vista do direito sejam seguidos. —
Testemunhos Selectos 1:75
.
Passos extremos
Alguns pais condescendentes e de amor fácil temem exercer
completa autoridade sobre os seus filhos desgovernados, para que
não fujam de casa. Seria melhor alguns fazerem isso do que per-
manecerem em casa para viver sob a generosidade concedida pelos
pais, e ao mesmo tempo pisar toda a autoridade tanto humana como
divina. Poderia ser uma experiência muito proveitosa a tais filhos ter
plenamente essa independência que julgam tão desejável, aprender
que custa esforço viver. Digam os pais ao menino que ameaça fugir
de casa: “Meu filho, se você determinadamente prefere deixar a
casa a obedecer leis justas e próprias, nós não o impedimos. Você
julga achar o mundo mais amigável do que os pais que de você têm
cuidado desde a infância. Você deve aprender por si mesmo que
está enganado. Quando quiser voltar para a casa paterna, e estiver
sujeito à sua autoridade, será bem-vindo. As obrigações são mútuas.
Enquanto tem o alimento, o vestuário e o cuidado paterno, está por
sua vez sob a obrigação de se submeter às regras do lar e à disciplina
sadia. Minha casa não pode ser poluída com o mau cheiro do fumo,
com a profanação ou com a embriaguez. Desejo que os anjos de
Deus venham ao meu lar. Se está completamente determinado a
servir a Satanás, estará melhor com aqueles cuja companhia você
ama do que em casa.”
Tal atitude interromperia a carreira descendente de milhares.
Mas com muita freqüência os filhos sabem que podem fazer o pior, e
uma mãe insensata intercederá por eles e lhes encobrirá as transgres-
sões. Muito filho rebelde exulta porque seus pais não têm coragem
de restringi-los. ... Não impõem obediência. Tais pais estão encora-
jando os filhos na dissipação e desonrando a Deus por sua insensata
transigência. É essa juventude rebelde e corrompida que forma o
elemento mais difícil de controlar nas escolas e colégios. —
The
Review and Herald, 13 de Junho de 1882
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