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Orientação da Criança
tuída de simpatia é fatal aos esforços. As flores não desabrocham ao
sopro de um vento cortante.
Uma criança freqüentemente censurada por alguma falta espe-
cial vem a considerar aquela falta como uma peculiaridade sua, ou
alguma coisa contra que seria vão esforçar-se. Assim se cria o desâ-
nimo e a falta de esperança, muitas vezes ocultos sob a aparência de
indiferença ou arrogância. —
Educação, 291
.
Quanto à ordens e xingamentos
Alguns pais suscitam muita tempestade por sua falta de domínio
próprio. Em lugar de pedirem bondosamente aos filhos para fazerem
isto ou aquilo, ordenam com ira, tendo ao mesmo tempo nos lábios
uma censura ou reprovação que as crianças não mereceram. Pais,
esse modo de agir destrói a felicidade e a ambição dos filhos. Fazem
o que ordenais, não por amor, mas porque não ousam proceder
diversamente. Não têm o coração no que fazem. É um trabalho servil,
em vez de um prazer, e isso os leva a esquecer-se de seguir vossas
orientações, o que vos aumenta a irritação e se torna ainda pior para
as crianças. Repetem-se as censuras, repete-se a vossa má conduta,
até que o desânimo se apodera delas e não mais cogitam se estão
agradando ou não. Tomam-se de um espírito de “não me importo”,
e procuram fora de casa, fora dos pais, o prazer e satisfação que aí
não encontram. Misturam-se com companheiros de rua e podem se
tornar tão corrompidos quanto os piores. —
Testemunhos Selectos
1:133, 134
.
Quanto a uma atitude arbitrária
A vontade dos pais deve estar sob a disciplina de Cristo. Amolda-
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dos e dirigidos pelo puro Espírito Santo de Deus, podem estabelecer
inquestionável domínio sobre os filhos. Mas se os pais são severos e
exigentes demais na disciplina, fazem uma obra que jamais pode-
rão desfazer. Pela sua atitude arbitrária, despertam o sentimento de
injustiça. —
Manuscrito 7, 1899
.