Capítulo 24 — Diante do supremo tribunal
Este capítulo é baseado em
Mateus 22:1-14
.
A parábola das bodas apresenta-nos uma lição da mais elevada
importância. Pelas bodas é representada a união da humanidade com
a divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que precisa possuir
todo aquele que há de ser considerado hóspede digno para as bodas.
Nesta parábola, como na da grande ceia, são ilustrados o convite
do evangelho, sua rejeição pelo povo judeu e o convite da graça
aos gentios. Esta parábola, porém, apresenta-nos maior ofensa da
parte dos que rejeitam o convite, e juízo mais terrível. O chamado
para o banquete é um convite real. Procede de alguém que está
investido de poder para ordenar. Confere grande honra. Contudo
esta é desapreciada. A autoridade do rei é menosprezada. Ao passo
que o convite do pai de família é considerado com indiferença, o
do rei é recebido com insulto e morte. Trataram seus criados com
escárnio e desprezo e os mataram.
O pai de família, vendo repelido o seu convite, declarou que
nenhum dos convidados provaria a ceia. Contra os que ofenderam
o rei foi decretada mais que a exclusão de sua presença e de sua
mesa. “Enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e
incendiou a sua cidade.”
Mateus 22:7
. Em ambas as parábolas o
banquete é provido de convidados, mas o segundo mostra que uma
preparação precisa ser feita por todos os que a ele assistem. Quem
negligencia esta preparação é expulso. “O rei, entrando para ver os
convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste
nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste
nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o
de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá
pranto e ranger de dentes.”
Mateus 22:11-13
.
O convite para o banquete foi transmitido pelos discípulos de
Cristo. Nosso Senhor enviou os doze, e depois os setenta, procla-
mando que era chegado o reino de Deus, e convidando os homens a
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