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Parábolas de Jesus
Deus opera por quem quer. Muitas vezes escolhe os instrumentos
mais humildes para as maiores obras; porque Seu poder é revelado na
fraqueza do homem. Temos nosso padrão e por ele declaramos uma
coisa grande e outra pequena; mas Deus não avalia de conformidade
com nossa medida. Não devemos supor que o que para nós é grande
o é também para Deus, ou que o que para nós é pequeno também o é
para Ele. Não nos compete julgar nossos talentos ou escolher nosso
trabalho. Devemos aceitar as incumbências que Deus determinar,
devemos suportá-las por Sua Causa, e sempre ir a Ele para obter
descanso. Qualquer que seja nosso trabalho, Deus é honrado pelo
serviço alegre e feito de todo coração. Compraz-Se ao cumprirmos
nossos deveres com gratidão, e regozija-Se por sermos considerados
dignos de colaborar com Ele.
[197]
O talento removido
A sentença proferida contra o servo preguiçoso foi: “Tirai-lhe,
pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.”
Mateus 25:28
.
Neste caso, como na recompensa do obreiro fiel, é indicado, não
meramente o galardão do juízo final, mas o processo de retribuição
gradual nesta vida. Como no mundo natural, assim é no espiritual:
Toda habilidade não aproveitada enfraquecerá e definhará. Atividade
é a lei da vida; ociosidade é morte. “A manifestação do Espírito é
dada a cada um para o que for útil.”
1 Coríntios 12:7
. Empregadas
para abençoar a outros, suas dádivas aumentam. Restritas ao serviço
do próprio eu, diminuem e são retiradas finalmente. Aquele que
recusa repartir o que recebeu, finalmente achará que nada tem para
dar. Consente em um processo que certamente atrofia e finalmente
aniquila as faculdades da alma.
Ninguém suponha que possa viver vida de egoísmo, e então,
tendo servido aos próprios interesses, entrar no gozo do Senhor.
Não puderam participar da alegria de um amor desinteressado. Não
se adaptariam às cortes celestes. Não poderiam apreciar a pura
atmosfera de amor que impregna o Céu. As vozes dos anjos e a
música de suas harpas não lhes agradariam. Para sua mente a ciência
do Céu seria um enigma.
No grande dia de juízo, aqueles que não trabalharam para Cristo,
que vagaram sem ter responsabilidade alguma, pensando em si mes-