Capítulo 28 — O maior dos males
Este capítulo é baseado em
Mateus 19:16-30
;
20:1-16
;
Marcos
10:17-31
;
Lucas 18:18-30
.
A verdade da livre graça de Deus fora quase perdida de vista
pelos judeus. Os rabinos ensinavam que o favor de Deus devia
ser alcançado por merecimento. Esperavam ganhar pelas próprias
obras o galardão dos justos. Por isto seu culto todo era induzido
por um espírito ávido e mercenário. Até os discípulos de Cristo não
estavam totalmente livres deste espírito, e o Salvador aproveitava
toda oportunidade para mostrar-lhes seu erro. Justamente antes de
dar a parábola dos trabalhadores ocorreu um evento que Lhe ofereceu
a oportunidade para apresentar os justos princípios.
Indo Seu caminho, um jovem príncipe correu-Lhe ao encontro
e, ajoelhando-se, saudou-O reverentemente. “Bom Mestre”, disse,
“que bem farei, para conseguir a vida eterna?”
Mateus 19:16
.
O príncipe dirigiu-se a Cristo meramente como a um rabino
honrado, não reconhecendo nEle o Filho de Deus. O Salvador disse:
“Por que Me chamas bom? Não há bom, senão um só que é Deus.”
Mateus 19:17
. Em que sentido Me chamas bom? Deus unicamente
é bom. Se Me reconheces como tal, precisas receber-Me como Seu
Filho e representante.
“Se queres, porém, entrar na vida”, acrescentou, “guarda os man-
damentos.”
Mateus 19:17
. O caráter de Deus é expresso em Sua lei;
e se queres estar em harmonia com Deus, os princípios de Sua lei
devem ser o motivo de todas as tuas ações.
Cristo não diminui as exigências da lei. Em linguagem incon-
fundível apresenta a obediência a ela como condição da vida eterna
— a mesma condição requerida de Adão antes da queda. O Senhor
não espera agora menos de nós, do que esperava do homem no Pa-
raíso, obediência perfeita, justiça irrepreensível. A exigência sob o
pacto da graça é tão ampla quanto os requisitos ditados no Éden —
harmonia com a lei de Deus, que é santa, justa e boa.
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