A recompensa merecida
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Muitos há que não têm mais esperança. Dai-lhes novamente a luz
do Sol. Muitos perderam o ânimo. Dizei-lhes palavras de conforto.
Orai por eles. Há os que carecem do pão da vida. Lede-lhes da
Palavra de Deus. Muitos padecem de uma enfermidade da alma que
bálsamo nenhum pode restaurar, médico algum curar. Orai por essas
pessoas, encaminhai-as a Jesus. Contai-lhes que há um bálsamo e
um Médico em Gileade.
A luz é uma bênção, bênção universal que difunde seus tesouros
sobre o mundo ingrato, ímpio e desmoralizado. Assim é com a luz
do Sol da Justiça. Envolta, como está, nas trevas do pecado, aflição e
padecimento, toda a Terra precisa ser iluminada com o conhecimento
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do amor de Deus. Nenhuma seita ou classe deve ser impedida de
receber a luz que refulge do trono celeste.
A mensagem de esperança e misericórdia tem que ser levada aos
confins da Terra. Quem quiser pode aproximar-se, tomar do poder
de Deus e fazer paz com Ele, e Ele fará paz. Não mais devem os
pagãos estar envoltos em trevas da meia-noite. A escuridão deve
desaparecer diante dos brilhantes raios do Sol da Justiça. O poder
do inferno foi vencido.
Mas ninguém pode dar aquilo que não possui. Na obra de Deus,
a humanidade nada pode originar. Ninguém pode por seus próprios
esforços tornar-se para Deus um portador de Luz. Vertido pelos
mensageiros celestes nos tubos de ouro, para ser conduzido do áureo
vaso às lâmpadas do santuário, o dourado óleo produzia luz contínua,
clara e brilhante. O amor de Deus, continuamente transmitido ao
homem, é que o habilita a comunicar luz. O áureo óleo do amor
corre livremente no coração de todos os que pela fé estão unidos a
Deus, para resplandecer novamente em boas obras, em serviço real
e sincero para Ele.
Na grande e incomensurável dádiva do Espírito Santo estão
contidos todos os recursos celestes. Não é por qualquer restrição
da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não afluem para os
homens, neste mundo. Se todos recebessem de bom grado, todos
seriam cheios de Seu Espírito.
Toda pessoa tem o privilégio de ser um conduto vivo, pelo qual
Deus pode comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as inson-
dáveis riquezas de Cristo. Nada há que Cristo mais deseje do que
agentes que representem ao mundo Seu Espírito e caráter. Não há