Página 21 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Por que foi permitido o pecado?
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a justiça de Deus na destruição de Satanás. Houvesse ele sido ime-
diatamente destruído, e alguns teriam servido a Deus pelo temor
em vez de o fazer pelo amor. A influência do enganador não teria
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sido completamente destruída, tampouco o espírito de rebelião teria
sido totalmente desarraigado. Para o bem do Universo todo, através
dos intérminos séculos, ele deveria desenvolver mais completamente
seus princípios, a fim de que suas acusações contra o governo divino
pudessem ser vistas sob sua verdadeira luz, por todos os seres cria-
dos, e a justiça e a misericórdia de Deus, bem como a imutabilidade
de Sua lei, pudessem para sempre ser postas fora de toda a questão.
A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o Universo,
durante todas as eras vindouras — perpétuo testemunho da natureza
do pecado e de seus terríveis resultados. A atuação do governo de
Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como sobre os anjos,
mostrariam qual seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina.
Testificariam que, ligado à existência do governo de Deus, está o
bem-estar de todas as criaturas que Ele fez. Assim, a história desta
terrível experiência com a rebelião seria uma salvaguarda perpétua
para todos os seres santos, para impedir que fossem enganados
quanto à natureza da transgressão, para salvá-los de cometer pecado,
e de sofrerem sua pena.
Aquele que governa no Céu é O que vê o fim desde o princípio
— o Ser perante o qual os mistérios do passado e do futuro estão
igualmente expostos, e que, para além da miséria, trevas e ruína que
o pecado acarretou, contempla o cumprimento de Seus propósitos de
amor e bênçãos. Se bem que “nuvens e obscuridade estão ao redor
dEle, justiça e juízo são a base de Seu trono”.
Salmos 97:2
. E isto
os habitantes do Universo, tanto fiéis como infiéis, compreenderão
um dia. “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os Seus
caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nEle injustiça: justo
e reto é”.
Deuteronômio 32:4
.
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