As pragas do Egito
225
se houvessem tornado tão corrompidos que não queriam deixar o
Egito.
O Senhor ordenou a Moisés ir de novo ao povo, e repetir a
promessa de livramento, com nova segurança de favor divino. Ele
foi conforme fora mandado, mas não quiseram ouvir. Dizem as
Escrituras: “Eles não ouviram [...] por causa da ânsia do espírito e da
dura servidão.” De novo a mensagem divina veio a Moisés: “Entra,
e fala a Faraó, rei do Egito, que deixe sair os filhos de Israel da sua
terra.” Com desânimo ele replicou: “Eis que os filhos de Israel me
não têm ouvido; como pois me ouvirá Faraó?”
Êxodo 6:9, 11, 12
.
Foi-lhe dito que levasse Arão consigo, e fosse diante de Faraó, e
novamente pedisse que despedisse os filhos de Israel de sua terra.
Ele foi informado de que o rei não cederia antes que Deus man-
dasse juízos sobre o Egito, e tirasse Israel por meio de uma assinalada
manifestação de Seu poder. Antes de ser infligida cada uma das pra-
gas, Moisés devia descrever sua natureza e efeitos, para que o rei
pudesse salvar-se da mesma se o quisesse. Cada castigo rejeitado
seria seguido por outro mais severo, até que seu coração orgulhoso
se humilhasse, e ele reconhecesse o Criador do céu e da Terra como
o Deus verdadeiro e vivo. O Senhor daria aos egípcios oportunidade
de verem quão vã era a sabedoria de seus homens poderosos, quão
fraco o poder de seus deuses, quando em oposição aos mandos de
Jeová. Ele castigaria o povo do Egito por sua idolatria, e reduziria
ao silêncio sua jactância a respeito de bênçãos recebidas de suas
insensíveis divindades. Deus glorificaria o Seu próprio nome, para
que outras nações pudessem ouvir acerca de Seu poder, e tremer
ante os Seus potentes atos, e para que Seu povo fosse levado a volver
de sua idolatria e prestar-Lhe um culto puro.
Outra vez Moisés e Arão entravam nos nobres salões do rei do
Egito. Ali, rodeados por altas colunas e resplandecentes adornos,
de ricos quadros e imagens esculpidas de deuses gentios, perante
o governador do reino mais poderoso então existente, achavam-se
os dois representantes da raça escravizada, a fim de repetirem a
ordem de Deus para o livramento de Israel. O rei pediu um prodígio
como prova de sua missão divina. Tinha sido indicado a Moisés
e Arão como agir no caso em que tal pedido fosse feito, e Arão
tomou agora a vara, e lançou-a perante Faraó. Ela se tornou serpente.
O rei mandou chamar seus “sábios e encantadores” (
Êxodo 7:11
),