Página 230 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Patriarcas e Profetas
dos quais “cada um lançou sua vara, e tornaram-se em serpentes;
mas a vara de Arão tragou as varas deles”.
Êxodo 7:12
. Então o
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rei, mais decidido do que nunca, declarou serem os seus magos
iguais em poder a Moisés e Arão; acusou os servos do Senhor como
impostores, e sentiu-se fora de perigo ao resistir a seus pedidos.
Todavia, ao mesmo tempo em que desprezava sua mensagem, foi
reprimido pelo poder de Deus, de lhes fazer mal.
Foi a mão de Deus, e não influência ou poder humano possuído
por Moisés e Arão, o que operou os prodígios que exibiram perante
Faraó. Estes sinais e prodígios eram destinados a convencer Faraó
de que o grande “EU SOU” (
Êxodo 3:14
) enviara Moisés, e de que
era dever do rei deixar Israel ir, para que pudessem servir ao Deus
vivo. Os magos também exibiram sinais e prodígios; pois agiam não
somente pela sua própria habilidade, mas pelo poder de seu deus,
Satanás, que os ajudava a contrafazer a obra de Jeová.
Os magos não fizeram realmente suas varas transformar-se em
serpentes; mas, pela mágica, auxiliados pelo grande enganador, fo-
ram capazes de produzir esta aparência. Estava além do poder de
Satanás transformar as varas em serpentes vivas. O príncipe do mal,
possuindo embora toda a sabedoria e poder de um anjo decaído,
não tem o poder de criar ou dar a vida; isto é prerrogativa de Deus
somente. Mas tudo que estava no poder de Satanás fazer, ele o fez;
produziu uma contrafação. À vista humana as varas tinham sido
transformadas em cobras. E que assim fosse, acreditavam Faraó e
sua corte. Nada havia em sua aparência para distingui-las da ser-
pente produzida por Moisés. Se bem que o Senhor fizesse com que a
serpente verdadeira tragasse as serpentes espúrias, contudo mesmo
isto foi considerado por Faraó, não como uma obra do poder de
Deus, mas como o resultado de uma espécie de mágica superior à
de seus servos.
Faraó desejava justificar sua obstinação em resistir à ordem di-
vina, e daí procurava ele algum pretexto para não tomar em conside-
ração os prodígios que Deus operara por meio de Moisés. Satanás
deu-lhe exatamente o que ele desejava. Pela obra que operara por
intermédio dos magos, fez parecer aos egípcios que Moisés e Arão
eram apenas magos e encantadores, e que a mensagem que traziam
não podia impor respeito como provinda de um Ser superior. Assim
a falsificação de Satanás cumpriu o seu objetivo de tornar ousados