Página 231 - Patriarcas e Profetas (2007)

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As pragas do Egito
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os egípcios em sua rebelião, e fazer com que Faraó endurecesse o
coração contra a convicção. Satanás esperava também abalar a fé de
Moisés e Arão na origem divina de sua missão, para que pudessem
prevalecer os seus instrumentos. Não queria que os filhos de Israel
fossem libertos do cativeiro, para servirem ao Deus vivo.
Todavia, tinha ainda o príncipe do mal um objetivo de maior
alcance ao manifestar seus prodígios por meio dos magos. Ele bem
sabia que Moisés, quebrando o jugo do cativeiro de sobre os filhos
de Israel, prefigurava Cristo, que devia destruir o reino do pecado
na família humana. Sabia que quando Cristo aparecesse, grandes
milagres seriam operados como prova para o mundo de que Deus
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O enviara. Satanás temia perder o seu poder. Contrafazendo a obra
de Deus, efetuada por meio de Moisés, esperava não somente evitar
o livramento de Israel, mas exercer influência através dos séculos
futuros, para destruir a fé nos milagres de Cristo. Satanás está cons-
tantemente procurando contrafazer a obra de Cristo, e estabelecer
seu poder e pretensões. Leva os homens a explicar os milagres de
Cristo, fazendo parecer que são o resultado da perícia e poder huma-
nos. Destrói assim em muitas mentes a fé em Cristo como o Filho de
Deus, e os leva a rejeitar os graciosos oferecimentos de misericórdia
pelo plano da redenção.
Foi determinado a Moisés e Arão que visitassem a margem do
rio na manhã seguinte, aonde o rei costumava dirigir-se. Sendo o
transbordamento do Nilo a fonte dos alimentos e riqueza para todo o
Egito, era o rio adorado como um deus, e o rei ia para ali diariamente
a fim de render as suas devoções. Ali os dois irmãos repetiram-lhe
de novo a mensagem, e então estenderam a vara e feriram a água.
A corrente sagrada mudou-se em sangue, os peixes morreram, e o
rio exalou mau cheiro. A água nas casas, o suprimento preservado
nas cisternas, foram semelhantemente transformados em sangue.
Mas “os magos do Egito também fizeram o mesmo com os seus
encantamentos”, e “virou-se Faraó, e foi para sua casa; nem ainda
nisto pôs seu coração”.
Êxodo 7:11, 23
. Durante sete dias continuou
a praga, mas sem resultado.
De novo foi estendida a vara sobre as águas, e rãs subiram do
rio, e espalharam-se pela terra. Percorriam as casas, apoderavam-se
dos quartos de dormir, e mesmo dos fornos e amassadeiras. A rã
era considerada sagrada pelos egípcios, e não as destruíam; mas