O tabernáculo e suas cerimônias
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molde a impressionar aquele que as via, dando-lhe uma intuição da
santidade de Deus, santidade de Seu culto, e pureza exigida daqueles
que iam à Sua presença.
Não somente o santuário em si mesmo, mas o ministério dos
sacerdotes, deviam servir “de exemplar e sombra das coisas celesti-
ais”.
Hebreus 8:5
. Assim, foi isto de grande importância; e o Senhor,
por meio de Moisés, deu a mais definida e explícita instrução con-
cernente a cada ponto deste ritual típico. O ministério no santuário
consistia em duas partes: um serviço diário e outro anual. O ce-
rimonial diário era efetuado no altar dos holocaustos, no pátio do
tabernáculo, bem como no lugar santo; ao passo que o rito anual o
era no lugar santíssimo.
Nenhum olho mortal a não ser o do sumo sacerdote devia ver
o compartimento interno do santuário. Apenas uma vez ao ano po-
dia o sacerdote entrar ali, e isto depois da mais cuidadosa e solene
preparação. Com tremor entrava perante Deus, e o povo, com reve-
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rente silêncio, aguardava a sua volta, tendo erguido o espírito em
oração fervorosa pela bênção divina. Diante do propiciatório o sumo
sacerdote fazia expiação por Israel; e na nuvem de glória Deus Se
encontrava com ele. Sua demora ali, além do tempo costumeiro,
enchia-os de receio de que, por causa de seus pecados ou dos dele,
houvesse sido morto pela glória do Senhor.
O culto cotidiano consistia no holocausto da manhã e da tarde,
na oferta de incenso suave no altar de ouro, e nas ofertas especiais
pelos pecados individuais. E também havia ofertas para os sábados,
luas novas e solenidades especiais.
Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre
o altar, com sua apropriada oferta de manjares, simbolizando assim
a consagração diária da nação a Jeová, e sua constante necessidade
do sangue expiatório de Cristo. Deus ordenara expressamente que
toda oferta apresentada para o ritual do santuário fosse “sem má-
cula”.
Êxodo 12:5
. Os sacerdotes deviam examinar todos os animais
levados para sacrifício, e rejeitar todo aquele em que se descobrisse
algum defeito. Apenas uma oferta “sem mácula” poderia ser um
símbolo da perfeita pureza dAquele que Se ofereceria como “um
cordeiro imaculado e incontaminado”.
1 Pedro 1:19
. O apóstolo
Paulo aponta para esses sacrifícios como uma ilustração do que
os seguidores de Cristo devem tornar-se. Diz ele: “Rogo-vos pois,