Página 317 - Patriarcas e Profetas (2007)

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O tabernáculo e suas cerimônias
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humilhação solene perante Deus, com oração, jejum e profundo
exame de coração.
Importantes verdades concernentes à obra expiatória eram en-
sinadas ao povo por meio deste serviço anual. Nas ofertas para o
pecado apresentadas durante o ano, havia sido aceito um substituto
em lugar do pecador; mas o sangue da vítima não fizera completa
expiação pelo pecado. Apenas provera o meio pelo qual este fora
transferido para o santuário. Pela oferta do sangue, o pecador reco-
nhecia a autoridade da lei, confessava a culpa de sua transgressão, e
exprimia sua fé nAquele que tiraria o pecado do mundo; mas não
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estava inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação, o
sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia
ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório,
em cima das tábuas da lei. Assim se satisfaziam os reclamos da lei,
que exigia a vida do pecador. Então, em seu caráter de mediador,
o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, le-
vava consigo o fardo das culpas de Israel. À porta do tabernáculo
colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava
sobre ele “todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas
transgressões, segundo todos os seus pecados”, pondo-as sobre a
cabeça do bode. E, assim como o bode que levava esses pecados era
enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considera-
dos separados do povo para sempre. Este era o cerimonial efetuado
como “exemplar e sombra das coisas celestiais”.
Hebreus 8:5
.
Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído por
Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma
figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons
como sacrifícios; seus dois lugares santos eram “figuras das coisas
que estão no Céu” (
Hebreus 9:9, 23
); Cristo, nosso grande Sumo
Sacerdote, é “ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo,
o qual o Senhor fundou, e não o homem”.
Hebreus 8:2
. Sendo
em visão concedida a João uma vista do templo de Deus no Céu,
contemplou ele ali “sete lâmpadas de fogo” (
Apocalipse 4:5
) que
ardiam diante do trono. Viu um anjo, “tendo um incensário de ouro;
e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os
santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono”.
Apocalipse
8:3
. Com isto permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento
do santuário celestial; e viu ali as “sete lâmpadas de fogo” e o “altar