Página 387 - Patriarcas e Profetas (2007)

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A jornada em redor de Edom
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tes entre as colinas e vales de Edom. Da cordilheira de montanhas
sobranceira a este sombrio deserto, ergue-se o monte de Hor, em
cujo cimo morreria e seria sepultado Arão. Quando os israelitas
chegaram a esta montanha, foi dirigida a Moisés esta ordem divina:
“Toma a Arão e a Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte de
Hor. E despe a Arão os seus vestidos, e veste-os a Eleazar, seu filho,
porque Arão será recolhido, e morrerá ali”.
Números 20:25, 26
.
Juntos, esses dois anciãos e o jovem afadigaram-se a galgar a al-
tura da montanha. A cabeça de Moisés e a de Arão estavam brancas
com a neve dos cento e vinte invernos. Sua vida longa e cheia de
acontecimentos fora assinalada pelas mais sérias provações e mai-
ores honras que já tocaram por sorte ao homem. Eram homens de
grande habilidade natural, e todas as suas capacidades tinham-se de-
senvolvido, exaltado, dignificado, pela comunhão com o Ser infinito.
Sua vida fora despendida em abnegado trabalho para Deus e seus
semelhantes; seu rosto evidenciava grande capacidade intelectual,
firmeza e nobreza de propósitos, e fortes afeições.
Muitos anos, Moisés e Arão haviam estado ao lado um do outro
em seus cuidados e labores. Juntos tinham lutado com inumeráveis
perigos, e juntos participaram de assinaladas bênçãos de Deus; mas
perto estava o tempo em que deviam separar-se. Moviam-se muito
vagarosamente, pois cada momento da companhia mútua era preci-
oso. A subida era íngreme e fatigante; e, como muitas vezes paravam
para descansar, conversavam sobre o passado e o futuro. Diante de-
les, tanto quanto a vista podia alcançar, estendia-se o cenário de suas
vagueações pelo deserto. Na planície, abaixo, estavam acampadas as
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vastas hostes de Israel, pelas quais esses homens escolhidos de Deus
haviam despendido a melhor parte de sua vida; por cujo bem-estar
haviam sentido tão profundo interesse e feito tão grandes sacrifícios.
Algures, para além das montanhas de Edom, estava o caminho que
conduzia à Terra Prometida, terra cujas bênçãos Moisés e Arão não
iriam desfrutar. Nenhum sentimento revoltoso encontrava guarida
em seu coração, expressão alguma de murmuração lhes escapava
dos lábios; todavia uma tristeza solene se estampava em seu rosto,
ao lembrarem o que os privara da herança de seus pais.
A obra de Arão em prol de Israel estava concluída. Quarenta
anos antes, com a idade de oitenta e três anos, Deus o chamara para
unir-se a Moisés em sua grande e importante missão. Ele cooperara