Balaão
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em vista das ricas recompensas que o esperavam, a resposta do
profeta foi: “Eis que eu tenho vindo a ti; porventura poderei eu
agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus
puser na minha boca essa falarei”.
Números 22:38
. Balaão lamentava
grandemente esta restrição; temia que seu propósito não pudesse
efetuar-se, porque o poder dirigente do Senhor estava sobre ele.
Com grande pompa, o rei com os principais dignitários de seu
reino, acompanharam Balaão “aos altos de Baal” (
Números 22:41
),
donde ele podia avistar as hostes hebréias. Eis o profeta em pé
sobre o elevado monte, olhando por sobre o acampamento do povo
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escolhido de Deus. Mal sabem os israelitas do que está a acontecer
tão perto deles! Quão pouco conhecem o cuidado de Deus, sobre
eles estendido de dia e de noite! Quão embotadas são as percepções
do povo de Deus! Quão vagarosos são, em todos os tempos, para
compreenderem Seu grande Amor e misericórdia! Se pudessem
divisar o maravilhoso poder de Deus constantemente exercido em
favor deles, não se lhes encheria o coração de gratidão pelo Seu
amor, e de temor ao pensamento de Sua majestade e poder?
Balaão tinha algum conhecimento das ofertas sacrificais dos
hebreus, e esperava que, sobrepujando-os em custosas dádivas, pu-
desse conseguir a bênção de Deus, e conseguir a realização de seus
projetos pecaminosos. Assim, os sentimentos dos moabitas idólatras
estavam a obter domínio sobre sua mente. Sua sabedoria se tornara
em loucura; nublara-se-lhe a visão espiritual; trouxera sobre si a
cegueira, rendendo-se ao poder de Satanás.
Por indicação de Balaão, foram construídos sete altares, e ele
ofereceu um sacrifício em cada um deles. Então se retirou a um “lu-
gar alto” (
Números 23:3
), para encontrar-se com Deus, prometendo
tornar conhecido a Balaque o que quer que o Senhor revelasse.
Com os nobres e príncipes de Moabe, o rei ficou ao lado do
sacrifício, enquanto em redor deles se reuniu a ansiosa multidão,
aguardando a volta do profeta. Ele veio finalmente, e o povo esperou
as palavras que para sempre paralisariam aquele estranho poder
exercido a favor dos odiados israelitas. Disse Balaão:
“De Arã me mandou trazer Balaque,
rei dos moabitas, das montanhas do Oriente,
dizendo: Vem, amaldiçoa-me a Jacó; e vem, detesta Israel.