Balaão
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perseguir e destruir o povo de Deus, esta mesma ocorrência lhes
seria trazida à lembrança, e lhes fortaleceria o ânimo e a fé em Deus.
O rei de Moabe, desanimado e angustiado, exclamou: “Nem
totalmente o amaldiçoarás, nem totalmente o abençoarás”.
Números
23:23, 25
. Contudo uma vaga esperança ainda ficou em seu coração,
e resolveu-se a fazer outra tentativa. Conduziu então Balaão ao
Monte Peor, onde havia um templo dedicado ao culto licencioso de
Baal, o deus deles. Ali foi construído o mesmo número de altares
que antes, e ofereceu-se o mesmo número de sacrifícios; mas Balaão
não foi só, como das outras vezes, para conhecer a vontade de Deus.
Ele não tinha pretensões a feitiçaria, mas, em pé ao lado dos altares,
olhava ao longe sobre as tendas de Israel. De novo o Espírito de
Deus repousou sobre ele, e veio de seus lábios a mensagem divina:
[328]
“Que boas são as tuas tendas, ó Jacó!
Que boas são as tuas moradas, ó Israel!
Como vales que se estendem, como jardins à beira dos rios,
como árvores de sândalo que o Senhor plantou, como cedros
junto às águas.
Águas manarão de seus baldes, e as suas sementeiras terão águas
abundantes;
e o seu rei se levantará mais do que Agague, e o seu reino
será exaltado. [...]
Abaixou-se, deitou-se como leão e como leoa;
quem o despertará?Benditos os que te abençoarem, e maldi-
tos os que te amaldiçoarem”.
Números 24:5-7, 9.
A prosperidade do povo de Deus é aqui representada por algu-
mas das mais belas figuras que se encontram na natureza. O profeta
assemelha Israel com vales férteis cobertos de abundantes planta-
ções; com jardins florescentes regados por fontes inesgotáveis; com
o aromático sândalo e o imponente cedro. A última figura men-
cionada é uma das mais notavelmente belas e apropriadas que se
encontram na Palavra inspirada. O cedro do Líbano era honrado por
todos os povos do Oriente. A espécie de árvores a que ele pertence é