Página 439 - Patriarcas e Profetas (2007)

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A morte de Moisés
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ao gênero humano. Poderia ter lembrado a Satanás que foi sua
obra de tentar Israel à murmuração e à rebelião o que esgotara a
longânima paciência de seu dirigente, e em um momento de descuido
o surpreendera no pecado pelo qual caíra sob o poder da morte. Mas
Cristo remeteu tudo isto a Seu Pai, dizendo: “O Senhor te repreenda”.
Judas 9
. O Salvador não entrou em discussão com Seu adversário,
mas naquele momento, ali mesmo, iniciou a obra de quebrar o poder
desse adversário decaído, e de trazer o morto à vida. Ali estava uma
prova que Satanás não podia contestar, relativa à supremacia do
Filho de Deus. Tornou-se para sempre certa a ressurreição. Satanás
foi despojado de sua presa; os justos mortos de novo viveriam.
Em conseqüência do pecado, Moisés viera sob o poder de Sata-
nás. Em seus próprios méritos era o legítimo cativo da morte; mas
foi ressurgido para a vida imortal, mantendo este título em nome do
Redentor. Moisés saiu do túmulo glorificado, e ascendeu com seu
Libertador à cidade de Deus.
Nunca, antes que fossem exemplificados no sacrifício de Cristo,
foram a justiça e o amor de Deus mais notavelmente demonstrados
do que em Seu trato com Moisés. Deus excluiu Moisés de Canaã, a
fim de ensinar uma lição que jamais deveria ser esquecida — de que
Ele exige estrita obediência, e de que os homens devem acautelar-
se em não tomarem para si a glória que é devida a seu Criador.
Ele não podia atender a oração de Moisés, de que lhe fosse dado
partilhar da herança de Israel; mas não Se esqueceu de Seu servo,
nem o abandonou. O Deus do Céu compreendia os sofrimentos
que Moisés havia suportado; notara cada ato de serviço fiel durante
aqueles longos anos de conflito e provações. No cume de Pisga,
Deus chamou Moisés a uma herança infinitamente mais gloriosa do
que a Canaã terrestre.
No monte da transfiguração Moisés estava presente com Elias,
que fora trasladado. Foram enviados como portadores de luz e glória
da parte do Pai a Seu Filho. E assim a oração de Moisés, proferida
havia tantos séculos antes, finalmente se cumpriu. Estava ele na “boa
montanha” (
Deuteronômio 3:25
), dentro da herança de seu povo,
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dando testemunho dAquele em quem se centralizavam todas as
promessas de Israel. Tal é a última cena revelada aos olhos mortais
na história daquele homem tão altamente honrado pelo Céu.