Aliança com os Gibeonitas
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passagens para a Palestina central e do sul, e cumpria ser conservada,
se se queria conquistar o território.
Josué preparou-se para ir logo em socorro de Gibeom. Os ha-
bitantes da cidade sitiada haviam receado que ele repelisse o seu
apelo, por causa da fraude que haviam praticado; mas visto que se
tinham submetido ao governo de Israel, e aceitaram o culto a Deus,
ele se achou na obrigação de os proteger. Não agiu nesta ocasião sem
o conselho divino, e o Senhor o animou àquele empreendimento.
“Não os temas”, foi a mensagem divina, “porque os tenho dado na
tua mão; nenhum deles parará diante de ti.” “Então subiu Josué de
Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele, e todos os valentes e
valorosos.”
Marchando toda a noite, trouxe suas forças diante de Gibeom
pela manhã. Mal haviam os príncipes confederados reunido seus
exércitos em redor da cidade, quando Josué se achou sobre eles.
O ataque resultou na completa derrota dos assaltantes. A imensa
hoste fugiu de diante de Josué pela garganta da montanha, acima,
para Bete-Horom; e, havendo galgado a altura, lançaram-se do outro
lado pela descida em precipício. Ali uma tremenda saraiva irrompeu
sobre eles. “O Senhor lançou sobre eles, do céu, grandes pedras. [...]
E foram muitos mais os que morreram das pedras da saraiva do que
os que os filhos de Israel mataram à espada.”
Enquanto os amorreus continuavam na fuga precipitada, no
intuito de encontrar refúgio nas fortalezas das montanhas, Josué,
olhando do alto, viu que o dia seria curto demais para a realização de
sua obra. Se não fossem inteiramente derrotados os seus inimigos,
de novo se arregimentariam, e renovariam a luta. “Então Josué falou
ao Senhor, [...] e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em
Gibeom, e tu, Lua, no vale de Aijalom. E o Sol se deteve, e a Lua
parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. [...] O Sol, pois,
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se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia
inteiro.”
Antes do cair da noite, a promessa de Deus a Josué fora cumprida.
Toda a hoste do inimigo havia sido entregue em sua mão. Por longo
tempo deviam os eventos daquele dia ficar na memória de Israel.
“Não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele,
ouvindo o Senhor assim a voz de um homem; porque o Senhor
pelejava por Israel.” “O Sol e a Lua pararam nas suas moradas;