O plano da redenção
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com o seu Criador, mas Deus Se comunicaria com ele por meio de
Cristo e os anjos.
Assim, foram revelados a Adão fatos importantes na história da
humanidade, desde o tempo em que a sentença divina fora pronun-
ciada no Éden, até o dilúvio, e, a seguir, até o primeiro advento do
Filho de Deus. Mostrou-se-lhe que, conquanto o sacrifício de Cristo
fosse de valor suficiente para salvar o mundo inteiro, muitos preferi-
riam uma vida de pecado em vez de arrependimento e obediência.
O crime aumentaria durante gerações sucessivas, e a maldição do
pecado repousaria mais e mais pesadamente sobre o gênero humano,
sobre os animais e sobre a Terra. Os dias do homem seriam abrevia-
dos pela sua própria conduta de pecado; degenerar-se-ia ele em sua
estatura e resistência física, e em sua faculdade moral e intelectual,
até que o mundo se enchesse de misérias de todo o tipo. Mediante a
satisfação do apetite e paixão, tornar-se-iam os homens incapazes
de apreciar as grandes verdades do plano da redenção. Cristo, no
entanto, fiel ao propósito pelo qual deixou o Céu, continuaria Seu
interesse pelos homens, e ainda os convidaria a esconder nEle suas
fraquezas e deficiências. Supriria as necessidades de todos os que
a Ele viessem pela fé. E sempre haveria alguns que preservariam o
conhecimento de Deus, e permaneceriam incontaminados por entre
a iniqüidade que prevaleceria.
As ofertas sacrificais foram ordenadas por Deus a fim de se-
rem para o homem uma perpétua lembrança de seu pecado, e um
reconhecimento de arrependimento do mesmo, bem como seriam
uma confissão de sua fé no Redentor prometido. Destinavam-se a
impressionar a raça decaída com a solene verdade de que foi o pe-
cado que causou a morte. Para Adão, a oferta do primeiro sacrifício
foi uma cerimônia dolorosíssima. Sua mão deveria erguer-se para
tirar a vida, a qual unicamente Deus podia dar. Foi a primeira vez
que testemunhava a morte, e sabia que se ele tivesse sido obediente
a Deus não teria havido morte de homem ou animal. Ao matar a
inocente vítima, tremeu com o pensamento de que seu pecado de-
veria derramar o sangue do imaculado Cordeiro de Deus. Esta cena
deu-lhe uma intuição mais profunda e vívida da grandeza de sua
transgressão, que coisa alguma a não ser a morte do amado Filho de
Deus poderia expiar. E maravilhou-se com a bondade infinita que
daria tal resgate para salvar o culpado. Uma estrela de esperança