Página 48 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Patriarcas e Profetas
iluminou o futuro tenebroso e terrível, e o aliviou de sua desolação
total.
Mas o plano da redenção tinha um propósito ainda mais vasto
e profundo do que a salvação do homem. Não foi para isto apenas
que Cristo veio à Terra; não foi simplesmente para que os habitantes
deste pequeno mundo pudessem considerar a lei de Deus como de-
via ela ser considerada; mas foi para reivindicar o caráter de Deus
perante o Universo. Para este resultado de Seu grande sacrifício, ou
seja, a influência do mesmo sobre os entes de outros mundos, bem
como sobre o homem, olhou antecipadamente o Salvador quando
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precisamente antes de Sua crucifixão disse: “Agora é o juízo deste
mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E Eu, quando
for levantado da terra, todos atrairei a Mim”.
João 12:31, 32
. O ato
de Cristo ao morrer pela salvação do homem, não somente tornaria
o Céu acessível à humanidade, mas perante todo o Universo justifi-
caria a Deus e Seu Filho, em Seu trato com a rebelião de Satanás.
Estabeleceria a perpetuidade da lei de Deus, e revelaria a natureza e
os resultados do pecado.
Desde o princípio a grande controvérsia fora a respeito da lei de
Deus. Satanás procurara provar que Deus era injusto, que Sua lei
era defeituosa, e que o bem do Universo exigia que ela fosse mu-
dada. Atacando a lei, visava ele subverter a autoridade de seu Autor.
Mostrar-se-ia no conflito se os estatutos divinos eram deficientes e
passíveis de mudança, ou perfeitos e imutáveis.
Quando Satanás foi arremessado do Céu, resolveu tornar a Terra
o seu reino. Quando tentou e venceu Adão e Eva, achou que havia
adquirido posse deste mundo; “porque”, dizia ele, “escolheram a
mim como seu príncipe”. Alegava que era impossível ser concedido
o perdão ao pecador, e, portanto, a raça decaída constituía legítimos
súditos seus, e seu era o mundo. Mas Deus dera o Seu amado Filho
— igual a Ele mesmo, a fim de suportar a pena da transgressão, e
assim proveu um caminho pelo qual pudessem ser restabelecidos ao
Seu favor, e de novo trazidos ao seu lar edênico. Cristo empreendeu
redimir o homem, e livrar o mundo das garras de Satanás. O grande
conflito iniciado no Céu devia ser decidido no próprio mundo, no
próprio campo que Satanás alegara como seu.
Foi maravilha para todo o Universo que Cristo Se humilhasse
para salvar o homem decaído. Que Aquele que passara de uma es-