Página 551 - Patriarcas e Profetas (2007)

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A Arca tomada pelos Filisteus
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e lançar fora nossos ídolos. Quando houvermos feito tudo o que
pudermos, o Senhor nos manifestará a Sua salvação.
Com a cooperação dos cabeças das tribos, reuniu-se uma grande
assembléia emMispa. Ali teve lugar um jejum solene. Com profunda
humilhação o povo confessou os seus pecados; e, como prova de sua
resolução de obedecer às instruções que tinham ouvido, investiram
a Samuel com a autoridade de juiz.
Os filisteus interpretaram essa reunião como um conselho de
guerra, e com uma grande força saíram para dispersar os israelitas,
antes que chegassem seus planos à maturidade. A notícia de sua
aproximação causou grande terror em Israel. O povo rogou a Samuel:
“Não cesses de clamar ao Senhor nosso Deus por nós, para que nos
livre da mão dos filisteus”.
1 Samuel 7:2, 3, 8
.
Quando Samuel estava no ato de apresentar um cordeiro como
holocausto, os filisteus se aproximaram para a batalha. Então o Ser
poderoso que descera sobre o Sinai por entre fogo, fumo e trovões;
que dividira o Mar Vermelho, e abrira caminho através do Jordão
para os filhos de Israel, manifestou novamente o Seu poder. Uma
terrível tempestade irrompeu sobre a hoste que avançava, e a terra
ficou juncada dos cadáveres dos grandes guerreiros.
Os israelitas tinham ficado em silencioso pavor, a tremer, com
esperança e medo. Quando viram a matança de seus inimigos, sou-
beram que Deus havia aceito o seu arrependimento. Embora não
estivessem preparados para a batalha, tomaram as armas dos filisteus
mortos e perseguiram o exército fugitivo a Bete-Car. Esta assinalada
vitória foi ganha no mesmo campo em que, vinte anos antes, Israel
fora ferido diante dos filisteus, tendo sido mortos os sacerdotes, e
tomada a arca de Deus. Para as nações bem como para os indiví-
duos, o caminho da obediência a Deus é o caminho da segurança e
da felicidade, enquanto o da transgressão apenas leva ao revés e à
derrota. Os filisteus foram agora subjugados de maneira tão com-
pleta que entregaram as fortalezas que haviam tomado a Israel, e
abstiveram-se de atos de hostilidade por muitos anos. Outras nações
seguiram este exemplo, e os israelitas desfrutaram paz até o fim da
administração unipessoal de Samuel.
A fim de que essa ocasião não fosse jamais esquecida, Samuel
ergueu, entre Mispa e Sem, uma grande pedra como memorial. Cha-