Página 569 - Patriarcas e Profetas (2007)

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O primeiro rei de Israel
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Saul replicou: “Porventura não sou eu filho de Benjamim, da mais
pequena das tribos de Israel? E a minha família a mais pequena de
todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, pois, me falas com
semelhantes palavras?”
1 Samuel 9:18-21
.
Samuel conduziu o estranho ao local da assembléia, onde es-
tavam reunidos os homens principais da cidade. Entre eles, por
determinação do profeta, o lugar de honra foi dado a Saul, e no fes-
tim o quinhão mais escolhido foi posto diante dele. Terminadas as
cerimônias, Samuel levou o hóspede à sua casa, e ali, no eirado, con-
versou com ele, apresentando os grandes princípios sobre os quais o
governo de Israel fora estabelecido, e procurando assim prepará-lo
até certo ponto para o seu elevado cargo.
Quando Saul partiu, cedo na manhã seguinte, o profeta saiu
com ele. Tendo atravessado a cidade, mandou que o servo passasse
adiante. Então ordenou a Saul que parasse a fim de receber uma
mensagem a ele enviada por Deus. “Então tomou Samuel um vaso de
azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura
te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a Sua herdade?”
Como prova de que isto era feito por autorização divina, predisse
os incidentes que ocorreriam em sua viagem para casa, e afirmou
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a Saul que ele seria habilitado pelo Espírito de Deus para o cargo
que o esperava. “O Espírito do Senhor se apoderará de ti”, disse o
profeta, “e te mudarás em outro homem. E há de ser que, quando
estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é
contigo.”
Tendo seguido Saul o seu caminho, tudo aconteceu conforme
dissera o profeta. Perto dos termos de Benjamim foi informado de
que os animais perdidos tinham sido achados. Na planície de Tabor
encontrou três homens que iam adorar a Deus em Betel. Um deles
levava três cabritos para o sacrifício, outro três pães, e o terceiro
um odre de vinho, para a festa sacrifical. Fizeram a Saul a saudação
usual, e também o presentearam com dois dos três pães. Em Gibeá,
sua cidade, um grupo de profetas, voltando do “lugar alto”, canta-
vam o louvor de Deus, com música de flautas e harpas, saltérios
e tambores. Aproximando-se Saul deles, sobreveio-lhe o Espírito
do Senhor e ele também tomou parte em seu cântico de louvor, e
com eles profetizou. Falou com tão grande influência e sabedoria,
e com tanto fervor se uniu ao culto, que aqueles que o conheciam