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Patriarcas e Profetas
Seus apóstolos. Jesus fez a significativa pergunta: “Quando porém
vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?”
Lucas 18:8
.
E, conforme vimos, Ele declara que o estado do mundo será como
nos dias de Noé. Paulo nos adverte que podemos esperar a iniqüi-
dade aumentar ao aproximar-se o fim: “O Espírito expressamente diz
que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”.
1 Timóteo 4:1
. O
apóstolo diz que “nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”.
2 Timóteo 3:1
. E ele dá uma lista surpreendente de pecados que se
encontrarão entre os que têm uma forma de piedade.
Estando a encerrar-se o seu tempo de graça, entregavam-se os
antediluvianos a divertimentos e festas empolgantes. Os que pos-
suíam influência e poderio aplicavam-se em conservar a mente do
povo ocupada com júbilo e prazer, para que não acontecesse alguém
ficar impressionado pela última e solene advertência. Não vemos o
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mesmo repetido em nossa época? Enquanto os servos de Deus estão
a dar a mensagem de que o fim de todas as coisas está às portas, o
mundo se absorve em divertimentos e busca de prazeres. Há uma
constante seqüência de sensações que ocasiona a indiferença para
com Deus, e impede o povo de se impressionar com as verdades
que, unicamente, o podem salvar da destruição vindoura.
No tempo de Noé, declaravam os filósofos que era impossível
ser o mundo destruído pela água; assim, há hoje homens de ciência
que se esforçam por provar que o mundo não pode ser destruído
pelo fogo, ou seja, que isto seria incoerente com as leis da natureza.
Mas o Deus da natureza, o autor e dirigente das leis da mesma
natureza, pode fazer uso das obras de Suas mãos para servirem ao
Seu propósito.
Quando os grandes e sábios provaram para a sua satisfação que
era impossível ser o mundo destruído pela água, quando os temores
do povo se acalmaram, quando todos consideraram a profecia de Noé
como uma ilusão, e o olhavam como a um fanático, então é que veio
o tempo de Deus. “Romperam-se todas as fontes do grande abismo,
e as janelas do céu se abriram” (
Gênesis 7:11
), e os escarnecedores
foram submersos nas águas do dilúvio. Com toda a sua orgulhosa
filosofia, demasiado tarde acharam os homens que sua sabedoria era
loucura, que o Legislador é maior do que as leis da natureza, e que à
Onipotência não faltam meios para cumprir os Seus propósitos. “E,