Página 176 - Profetas e Reis (2007)

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Profetas e Reis
violência. Declaram os homens que a lei de Deus foi anulada, que
a Bíblia não é autêntica; e como resultado uma maré de males, tal
como não se tem visto desde os dias de Noé e do apóstata Israel, está
tomando conta do mundo. Nobreza de alma, gentileza, piedade são
permutadas para satisfazer a cobiça por coisas proibidas. O negro
registro de crimes cometidos pelo amor ao ganho é suficiente para
fazer gelar o sangue e encher a alma de horror.
Nosso Deus é um Deus de misericórdia. Com longanimidade e
terna compaixão Ele trata com o transgressor da Sua lei. E contudo,
nestes nossos dias, quando homens e mulheres têm tantas oportu-
nidades para se familiarizarem com a divina lei como revelada no
Santo Escrito, o grande Governador do Universo não pode olhar
com qualquer satisfação as ímpias cidades, onde reina a violência
e o crime. O fim da tolerância de Deus com os que persistem na
desobediência está se aproximando rapidamente.
Devem os homens ficar surpreendidos com uma súbita e inespe-
rada mudança no trato do Supremo Governador com os habitantes
do mundo caído? Devem eles ficar surpreendidos quando a punição
segue a transgressão e a crescente criminalidade? Devem-se surpre-
ender de que Deus leve a destruição e a morte sobre aqueles cujo
ganho ilícito tem sido obtido através do engano e fraude? Muito
embora o fato de que crescente luz com respeito aos reclamos de
Deus tem estado a brilhar em seu caminho, muitos têm-se recusado
a reconhecer a soberania de Jeová, e têm escolhido permanecer sob
a bandeira do originador de toda rebelião contra o governo do Céu.
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A longanimidade de Deus tem sido muito grande — tão grande
que quando consideramos o contínuo insulto a Seus santos manda-
mentos, ficamos maravilhados. O Onipotente tem estado a exercer
um poder restringidor sobre Seus próprios atributos. Mas certamente
Ele Se levantará para punir o ímpio, que tão ousadamente tem resis-
tido aos justos reclamos do Decálogo.
Deus concede ao homem um período de graça; mas há um
ponto além do qual a divina paciência se esgota, e os juízos de
Deus se seguem seguramente. O Senhor trata pacientemente com
os homens, e com cidades, misericordiosamente dando advertências
para salvá-los da ira divina; mas virá o tempo quando não mais se
ouvirão súplicas por misericórdia, e o elemento rebelde que continua
a rejeitar a luz da verdade será riscado, em misericórdia para com eles