“Destruído porque lhe faltou o conhecimento”
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mesma incontida condescendência que haviam assinalado o mundo
antediluviano. Os habitantes de Sodoma transpuseram os limites
da divina paciência, e sobre eles se acendeu o fogo da vingança de
Deus.
O tempo que precedeu o cativeiro das dez tribos de Israel foi de
uma desobediência similar e similar impiedade. A lei de Deus era
contada como de nenhuma importância, e isto abriu as comportas
da iniqüidade sobre Israel. “O Senhor tem uma contenda com os
habitantes da Terra”, declarou Oséias, “porque não há verdade, nem
benignidade, nem conhecimento de Deus na Terra. Só prevalecem o
perjurar, e o mentir, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios”.
Oséias 4:1, 2
.
As profecias de juízo pronunciadas por Amós e Oséias foram
acompanhadas por predição de glória futura. Às dez tribos, desde
muito, rebeldes e impenitentes, não foi dada nenhuma promessa
de completa restauração de seu anterior domínio na Palestina. Até
o fim do tempo eles deviam ser “errantes entre as nações”. Mas
por intermédio de Oséias foi dada uma profecia que punha perante
eles o privilégio de ter uma parte na restauração final que deve
ser feita para o povo de Deus no fim da história da Terra, quando
Cristo aparecerá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. “Por
muitos dias”, o profeta declarou, as dez tribos deviam ficar “sem
rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem estátua, e sem éfode
ou terafim”. “Depois”, continuou o profeta, “tornarão os filhos de
Israel, e buscarão ao Senhor seu Deus, e a Davi, seu rei; e temerão
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ao Senhor, e a Sua bondade, no fim dos dias”.
Oséias 3:4, 5
.
Em linguagem simbólica Oséias põe perante as dez tribos o
plano de Deus de restauração em favor de toda a alma penitente que
se unisse com Sua igreja na Terra, as bênçãos asseguradas a Israel
nos dias de sua lealdade a Ele na terra prometida. Referindo-se a
Israel como aquele a quem Ele ansiava por mostrar misericórdia, o
Senhor declarou: “Eis que Eu a atrairei, e a levarei para o deserto,
e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale
de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de
sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito. E
acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que Me chamarás: Meu marido;
e não Me chamarás mais: Meu Baal meu senhor. E da sua boca tirarei