Página 444 - Profetas e Reis (2007)

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Profetas e Reis
Desde o dia que o Senhor declarou à serpente no Éden: “Porei
inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente”
(
Gênesis 3:15
), Satanás tem conhecido que ele não pode jamais
manter absoluto domínio sobre os habitantes deste mundo. Quando
Adão e seus filhos começaram a oferecer os sacrifícios cerimoniais
ordenados por Deus como um tipo da vinda do Redentor, Satanás
reconheceu neles um símbolo da comunhão entre Terra e Céu. Du-
rante os longos séculos que se têm seguido, tem sido seu constante
esforço interceptar esta comunhão. Incansavelmente tem ele procu-
rado representar a Deus falsamente, e interpretar com falsidade os
ritos que apontam para o Salvador; e tem sido bem-sucedido com
grande maioria da família humana.
Enquanto Deus desejava ensinar aos homens que do Seu próprio
amor vem o Dom que os reconcilia com Ele, o arquiinimigo da
humanidade tem procurado representar a Deus como alguém que
Se deleita na destruição deles. Assim os sacrifícios e ordenanças
designados pelo Céu para que revelem o divino amor, têm sido
pervertidos de molde a servir como meio pelo qual os pecadores têm
em vão esperado propiciar, com donativos e boas obras, a ira de um
Deus ofendido. Ao mesmo tempo Satanás tem procurado despertar e
fortalecer as más paixões dos homens, para que através de repetidas
transgressões possam as multidões ser levadas cada vez mais longe
de Deus, ficando sem esperança amarradas nos grilhões do pecado.
Quando a Palavra escrita de Deus foi dada por intermédio dos
profetas hebreus, Satanás estudou com diligência as mensagens
sobre o Messias. Ele sublinhou cuidadosamente as palavras que
esboçavam com inconfundível clareza a obra de Cristo entre os
homens como um sofredor sacrifício e como um rei conquistador.
Nos rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento ele
leu que Aquele que devia aparecer, “como um cordeiro foi levado
ao matadouro” (
Isaías 53:7
), que “o Seu parecer estava tão desfigu-
rado, mais do que o de outro qualquer”.
Isaías 52:14
. O prometido
Salvador da humanidade devia ser “desprezado, e o mais indigno
entre os homens, homem de dores [...] ferido de Deus e oprimido”
(
Isaías 53:4
) contudo devia Ele também exercer Seu grande poder
para julgar “os aflitos do povo.” Ele devia salvar “os filhos do ne-
cessitado”, e quebrar “o opressor”.
Salmos 72:4
. Estas profecias
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levaram Satanás a temer e tremer; mas ele não renunciou ao seu