A vinda de um libertador
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propósito de frustrar, se possível, as misericordiosas providências de
Jeová para a redenção da ração perdida. Ele se determinou cegar os
olhos do povo, tanto quanto fosse possível, para o real significado
das profecias messiânicas, a fim de preparar o caminho para rejeição
de Cristo em Sua vinda.
Durante os séculos que imediatamente precederam o dilúvio,
Satanás tinha alcançado sucesso em seus esforços para levar a uma
quase total rebelião do mundo contra Deus. E nem mesmo as lições
do dilúvio foram tidas em lembrança por muito tempo. Com artifici-
osas insinuações Satanás mais uma vez levou os filhos dos homens
passo a passo a ousada rebelião. De novo parecia estar ele prestes
a triunfar; mas o propósito de Deus em favor do homem caído não
devia ser assim posto de lado. Através da posteridade do fiel Abraão,
da linhagem de Sem, o conhecimento dos desígnios beneficentes
de Deus devia ser preservado no benefício de futuras gerações. De
tempos em tempos mensageiros da verdade divinamente apontados
deviam ser despertados para chamar a atenção para o significado das
cerimônias sacrificais, e especialmente para a promessa de Jeová
referente ao advento dAquele para quem todas as ordenanças do
sistema sacrifical apontavam. Assim o mundo devia ser preservado
da apostasia universal.
Não havia de ser sem a mais determinada oposição que o propó-
sito de Deus seria levado a êxito. De toda maneira possível o inimigo
da verdade e da justiça obrou para levar os descendentes de Abraão a
esquecer seu alto e santo chamado e a se desviarem para a adoração
a deuses falsos. E muitas vezes esses esforços quase alcançaram
sucesso. Durante séculos antes do primeiro advento de Cristo, as
trevas cobriram a Terra e densa escuridão os povos. Satanás lançou
sua sombra infernal no caminho dos homens, a fim de que não tives-
sem conhecimento de Deus e do mundo futuro. Multidões estavam
assentadas na sombra da morte. Sua única esperança era que essas
trevas fossem espancadas, a fim de que Deus pudesse ser revelado.
Com visão profética Davi, o ungido de Deus, predissera que a
vinda de Cristo seria “como a luz da manhã, quando sai o Sol, da
manhã sem nuvens”.
2 Samuel 23:4
. E Oséias testificou: “Como a
alva será a Sua saída”.
Oséias 6:3
. Quieta e gentilmente a luz do dia
irrompe sobre a Terra, dispersando a sombra de trevas, enchendo
a Terra de vida. Assim devia o Sol da Justiça erguer-Se, “trazendo