Página 454 - Profetas e Reis (2007)

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Profetas e Reis
para ungir o Santo dos santos”.
Daniel 9:24
. Um dia na profecia re-
presenta um ano.
Números 14:34
;
Ezequiel 4:6
. As setenta semanas,
ou quatrocentos e noventa dias, representam quatrocentos e noventa
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anos. É dado um ponto de partida para este período: “Sabe e entende:
desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até
o Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas”
(
Daniel 9:25
), sessenta e nove semanas, ou quatrocentos e oitenta e
três anos. A ordem para restaurar e edificar Jerusalém, completada
pelo decreto de Artaxerxes Longímano (
Esdras 6:14
;
7:1, 9
), entrou
em vigor no outono de 457 a.C. Partindo desta data os quatrocentos
e oitenta e três anos se estendem até o outono de 27 d.C. De acordo
com a profecia, este período devia alcançar o Messias, o Ungido (Em
27 d.C.), Jesus recebeu em Seu batismo a unção do Espírito Santo, e
pouco depois deu início ao Seu ministério. Então foi proclamada a
mensagem: “O tempo está cumprido”.
Marcos 1:15
.
Então, disse o anjo: “Ele confirmará o concerto com muitos por
uma semana sete anos.” Durante sete anos desde o início do ministé-
rio do Salvador, o evangelho devia ser pregado especialmente aos
judeus: três e meio anos pelo próprio Cristo e depois pelos após-
tolos. “Na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de
manjares”.
Daniel 9:27
. Na primavera de 31 d.C., Cristo, o verda-
deiro sacrifício, foi oferecido no Calvário. Então o véu do templo
fendeu-se em duas partes, mostrando que a santidade e o significado
do sacrifício expiatório tinham findado. Chegara o tempo para que o
sacrifício terrestre e a oferta de manjares cessassem.
A semana — sete anos — findou em 34 d.C. Então pelo ape-
drejamento de Estêvão os judeus selaram finalmente sua rejeição
do evangelho; os discípulos que foram espalhados pela perseguição
“iam por toda parte, anunciando a Palavra” (
Atos dos Apóstolos
8:4
); e pouco depois, Saulo o perseguidor foi convertido, e tornou-se
Paulo, o apóstolo dos gentios.
As inúmeras profecias relacionadas com o advento do Salvador
levaram os hebreus a viver em constante expectação. Muitos morre-
ram na fé, sem terem recebido as promessas. Mas vendo-as de longe,
e crendo-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na
Terra. Desde os dias de Enoque as promessas repetidas através dos
patriarcas e profetas mantiveram viva a esperança do aparecimento
do Messias.