Página 460 - Profetas e Reis (2007)

Basic HTML Version

456
Profetas e Reis
nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra
deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos”.
Malaquias 3:7-12
.
Deus abençoa a obra das mãos dos homens, para que eles possam
devolver-Lhe Sua porção. Dá-lhes a luz do Sol e a chuva; faz que a
vegetação brote; dá saúde e habilidade para a aquisição de meios.
Todas as bênçãos vêm de Suas pródigas mãos, e Ele deseja que
homens e mulheres mostrem gratidão devolvendo-Lhe uma parte
em dízimos e ofertas — em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e
ofertas pelo pecado. Devem eles devotar seus meios a Seu serviço,
para que Sua vinha não venha a ser um deserto estéril. Devem estudar
o que o Senhor faria em lugar deles. A Ele devem levar em oração
toda questão difícil. Devem revelar interesse altruísta na edificação
de Sua obra em todas as partes do mundo.
Através de mensagens como as apresentadas por Malaquias, o
último dos profetas do Antigo Testamento, bem como pela opressão
de inimigos pagãos, os israelitas finalmente aprenderam a lição de
que a verdadeira prosperidade depende da obediência à lei de Deus.
Mas no caso de muitos dentre o povo, a obediência não era fruto
da fé e amor. Seus motivos eram egoístas. O culto era prestado
como meio de alcançar a grandeza nacional. O povo escolhido não
se tornou a luz do mundo, mas encerrou-se ao abrigo do mundo
como salvaguarda contra o ser seduzido pela idolatria. As restrições
que Deus havia feito, proibindo o casamento entre o Seu povo e os
[364]
pagãos, e proibindo Israel de se unir nas práticas idólatras com as
nações circunvizinhas, foram tão pervertidas a ponto de se tornarem
um muro de separação entre os israelitas e todos os outros povos,
privando assim a outros das próprias bênçãos que Deus tinha-os
comissionado para dar ao mundo.
Ao mesmo tempo os judeus, por seus pecados, estavam-se sepa-
rando de Deus. Eram incapazes de discernir o profundo significado
espiritual do seu sistema de sacrifícios. Em sua justiça própria con-
fiaram em suas próprias obras, nos sacrifícios e ordenanças em si,
em vez de descansar nos méritos dAquele a quem todas essas coisas
apontavam. Assim, “procurando estabelecer a sua própria justiça”
(
Romanos 10:3
), edificaram-se sobre um formalismo auto-suficiente.
Faltando-lhes o Espírito e a graça de Deus, procuraram ressarcir a
falta mediante rigorosa observância das cerimônias e ritos religi-
osos. Não contentes com as ordenanças que o próprio Deus havia