Página 47 - Profetas e Reis (2007)

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O arrependimento de Salomão
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ções, que nos foram dadas pelo único Pastor. E, demais disto, filho
meu, atenta”.
Eclesiastes 12:9-12
.
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é”, escreveu ele, “teme a
Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo
o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até o que
está encoberto, quer seja bom quer seja mau”.
Eclesiastes 12:13, 14
.
Os posteriores escritos de Salomão revelam que ao sentir mais e
mais a impiedade de sua conduta, deu especial atenção a advertir a
juventude contra o cair em erros que o tinham conduzido a dissipar
por nada os mais escolhidos dons dos Céus. Com tristeza e vergonha
confessou que no melhor de sua varonilidade, quando devia ter
encontrado em Deus seu conforto, seu sustentáculo, sua vida, ele
se desviou da luz do Céu e sabedoria de Deus, e pôs a idolatria no
lugar da adoração a Jeová. E agora, havendo aprendido por triste
experiência a loucura de semelhante vida, seu fervente desejo era
salvar outros de sorverem a amarga experiência pela qual havia
passado.
Com tocante ênfase ele escreveu a respeito dos privilégios e
responsabilidades da juventude no serviço de Deus: “Verdadeira-
mente suave é a luz, e agradável é aos olhos ver o Sol. Mas se o
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homem viver muitos anos, e em todos eles se alegrar, também se
deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo
quanto sucede é vaidade. Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e
recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos
caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém,
que por todas estas coisas te trará Deus a juízo. Afasta, pois, a ira do
teu coração, e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a
juventude são vaidade”.
Eclesiastes 11:7-10
.
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade,
antes que venham os maus dias, e cheguem os anos,
dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
antes que se escureçam o Sol, e a luz, e a Lua, e as estrelas,
e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
no dia em que tremerem os guardas da casa,
e se curvarem os homens fortes,
e cessarem os moedores, por já serem poucos,
e se escurecerem os que olham pelas janelas;