Página 93 - Profetas e Reis (2007)

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O Carmelo
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vez; e o fizeram terceira vez. De maneira que a água corria ao redor
do altar; e ainda até o rego encheu de água”.
1 Reis 18:34, 35
.
Trazendo à lembrança do povo a longa e continuada apostasia
que havia despertado a ira de Jeová, Elias convida-os a humilhar
seus corações e tornar para o Deus de seus pais, para que fosse
removida a maldição de sobre a terra de Israel. Então inclinando-se
reverente ante o invisível Deus, ele ergue as mãos para o céu, e
oferece uma singela oração. Os sacerdotes de Baal haviam gritado e
espumado e dado saltos desde a manhã até à tarde; mas com a oração
de Elias, nenhum clamor insensato ecoa nas alturas do Carmelo. Ele
ora como se soubesse que Jeová está ali, testemunhando a cena,
atento a seu apelo. Os profetas de Baal haviam orado selvagemente,
incoerentemente. Elias ora com simplicidade e fervor, pedindo que
Deus mostre Sua superioridade sobre Baal, para que Israel pudesse
ser reconduzido a Ele.
“Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”, o profeta
suplica, “manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel, e que eu
sou Teu servo, e que conforme a Tua palavra fiz todas estas coisas.
Responde-me, Senhor, responde-me para que este povo conheça que
Tu, Senhor, és Deus, e que Tu fizeste tornar o seu coração para trás”.
1 Reis 18:36, 37
.
Um silêncio opressivo em sua solenidade cai sobre todos. Os
sacerdotes de Baal tremem de terror. Cônscios de sua culpa, temem
imediata retribuição.
Mal havia a oração de Elias terminado, e chamas de fogo, como
brilhantes relâmpagos, descem do céu sobre o altar erguido, consu-
mindo o sacrifício, lambendo a água do rego e devorando as próprias
pedras do altar. O brilho das chamas ilumina o monte e ofusca os
olhos da multidão. Nos vales abaixo, onde muitos estão observando
em ansiosa expectativa os movimentos dos que estão em cima, a
descida do fogo é claramente vista, e todos ficam maravilhados com
o espetáculo. Ele lembra a coluna de fogo que no Mar Vermelho
separou das tropas egípcias os filhos de Israel.
O povo sobre o monte prostra-se em reverência perante o Deus
invisível. Não se atrevem a olhar para o céu a enviar fogo. Temem ser
eles próprios consumidos; e, convictos de seu dever em reconhecer o
Deus de Elias como o Deus de seus pais, a quem devem obediência,
clamam a uma voz: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!”
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