Um honrado pastor
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Atividades de um coração não santificado
— Estimado irmão
Butler
Sinto-me perturbada em relação ao irmão H. Ele não me
escreve, e sinto-me profundamente aflita por ele. Por vezes me parece
que o Senhor nos está provando, para ver se lidaremos fielmente com
o pecado de um de nossos homens ilustres. Aproxima-se o tempo
em que a Associação Geral terá de decidir se renovará ou não a sua
credencial.
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Se a Associação Geral assim proceder, estará virtualmente afir-
mando: “Temos confiança no irmão como homem a quem Deus
reconhece como Seu mensageiro, alguém a quem confiou a sagrada
responsabilidade de tomar conta das ovelhas do rebanho do Senhor;
alguém que em todas as coisas será um fiel pastor, um representante
de Cristo.” Podemos proceder assim? Porventura não temos visto as
atividades de um coração não santificado?
Um homem enfeitiçado
— A persistência do irmão H em acei-
tar e pretender que a Sra. S seja sua — que nome dar-lhe — pessoa
afim. O que é isso? Quem poderá definir? É o irmão H alguém que
odeia a luz que Deus lhe concedeu, demonstrando que sua prefe-
rência pela companhia da irmã S e suas intimidades com ela eram
pecaminosas à luz da Palavra de Deus? Ou terá ele aceito a mensa-
gem e agido de acordo com ela?
A despeito disso, levei ao irmão H o testemunho que Deus me
dera, mas ele não se reformou. Sua conduta dizia: “Farei a tal res-
peito o que me apraz; não existe pecado nisso.” Ele prometeu diante
de Deus que o faria, mas quebrou a promessa feita aos irmãos C. H.
Jones, W. C. White e a mim; seus sentimentos não se modificaram
de modo resoluto; mas ele parece agir como um homem enfeitiçado,
sob a fascinação do diabo, incapaz de exercer controle sobre as pró-
prias inclinações. Apesar de toda luz recebida, não evidenciou real
convicção ou senso de pecado; sem arrependimento, sem reforma.
Pessoas têm sofrido muito com tal estado de coisas, mas não têm
poder de modificar o coração e os propósitos deste homem.
Perversão das faculdades dadas por Deus
— Bem, devería-
mos ser bastante gratos pela ajuda do irmão H na Inglaterra e na
Suíça, mas o que podemos decidir a tal respeito? Necessitamos de
*
Essa carta foi enviada ao Pastor George I. Butler, presidente da Associação Geral,
mas Ellen White também a endereçou diretamente ao irmão H, o pastor culpado.